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denuncia oral

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Doc. VP 470.1440.4805.5386

401 - TJRJ. Apelação. Denúncia que imputou aos réus a prática da conduta prevista no art. 155, §§ 1º e 4º, I e IV, c/c art. 61, II, ¿j¿, todos do CP. Pretensão punitiva julgada parcialmente procedente. Irresignação de ambas as partes.

Autoria e materialidade do delito devidamente comprovadas nos autos. Registro de ocorrência, Auto de prisão em flagrante, Auto de Apreensão. Laudo de exame de material. Prova oral produzida em juízo que conta com a confissão dos acusados. Tese defensiva. Atipicidade material da conduta. Princípio da insignificância. Vetores que não se encontram presentes no caso em análise. Proposição que deve ser aplicada com cautela pelo operador do direito. Habitualidade delitiva que inviabiliza a incidência do princípio invocado pela defesa. Jurisprudência consolidada do e. STJ. Rejeição. Pretensão de reconhecimento da prática do crime na modalidade consumada. Acolhimento. Crime de furto que se consuma quando o agente se torna possuidor da coisa alheia móvel, independentemente do tempo decorrido, sendo prescindível a posse mansa, pacífica ou desvigiada. Precedentes do E. STJ. Majorante referente ao rompimento de obstáculo. Acolhimento. Prova oral que demonstra que os réus quebraram uma janela basculante para ter acesso aos objetos furtados. Dosimetria da pena. Crítica. Primeira fase. Reconhecimento de maus antecedentes e utilização de uma das qualificadoras como forma de exasperação da pena-base. Segunda fase. Reconhecimento da atenuante da confissão e da agravante da reincidência. Compensação que se mantém. Precedente do e. STJ. Pena-base convertida em intermediária. Terceira fase. Ausência de causas de aumento ou de diminuição de pena. Pena definitiva readequada em 2 (dois) anos e 8 (oito) meses de reclusão e 13 (treze) dias-multa, à razão unitária mínima. Regime inicial de cumprimento de pena semiaberto. Correção. Inteligência do art. 33, § 2º, ¿c¿, c/c § 3º, do CP. Substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos. Sursis. Descabimento. Pena privativa de liberdade aplicada e condição de reincidente dos apelantes que impede a concessão dos benefícios. Prequestionamento. Teses defensivas abordadas e decididas. Ausência de violação a dispositivo legal ou constitucional. Suplantação da pretendida discussão. Desprovimento do recurso da Defesa. Provimento parcial do recurso da acusação. Reconhecimento da prática do crime em sua forma consumada, bem como da qualificadora relativa ao rompimento de obstáculo. Readequação da pena.

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Doc. VP 524.2381.0172.4604

402 - TJRJ. Apelação. Denúncia que imputou ao réu a prática da conduta tipificada no Lei 11.340/2006, art. 24-A. Pretensão acusatória julgada procedente. Irresignação defensiva e ministerial.

Preliminar. Nulidade pela ausência de intimação do acusado para ciência da sentença condenatória. Tentativa frustrada de intimação do acusado. Intelecto do e. STJ que, em se tratando de réu solto, basta a intimação da d. Defensoria Pública. Preliminar que se rejeita. Mérito. Autoria e materialidade do delito devidamente comprovadas nos autos pelo registro de ocorrência, termos de declaração, bem como pela prova oral produzida em Juízo. Tese defensiva recursal. Ausência de provas. Pretensão exclusivamente argumentativa. Ausência de contraprovas capazes de desconstituir o acervo probatório acusatório coligido nos autos. Rejeição. Crimes praticados no âmbito doméstico. Palavra da vítima que tem valor probante diferenciado. Jurisprudência consolidada. Dosimetria da pena. Primeira fase. Fixação da pena-base no mínimo legal. Segunda fase. Ausência de circunstâncias agravantes e atenuantes. Pena-base mantida como pena intermediária. Terceira fase. Ausência de causas de aumento ou de diminuição de pena. Reprimenda definitiva estabelecida em 03 (três) meses de detenção. Extinção da punibilidade pelo cumprimento integral da pena imposta. Manutenção. Extinção do valor mínimo arbitrado a título de reparação de danos da vítima. Inconformismo Ministerial. Requerimento expresso na denúncia. Inteligência do repetitivo, tese no. 983/STJ. Efeito da condenação de efeitos cíveis que não se confunde com sanção penal. Acolhimento. Prequestionamento. Ausência de contrariedade ou negativa de vigência de qualquer dispositivo constitucional ou infraconstitucional. Desprovimento do apelo defensivo. Provimento do apelo ministerial.

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Doc. VP 476.9814.4640.5428

403 - TJRJ. Apelação Criminal. Apreensão de munições de uso permitido. Lei 10.826/03, art. 14. Crime de perigo abstrato, cujo objeto jurídico é a segurança pública. A conduta de portar munições é típica da Lei 10826/03, art. 14. Autoria, culpabilidade e materialidade devidamente comprovadas. Firme depoimento dos policiais militares responsáveis pela prisão em flagrante delito do acusado. Súmula 70 do TJ/RJ. Prova oral corroborada com as demais provas dos autos, auto de prisão em flagrante, auto de apreensão e laudo de munições, que atestou a capacidade lesiva das munições arrecadadas com o acusado. Crime de porte ilegal de munições é formal, não exige o resultado naturalístico, ou seja, consuma-se com a prática da conduta de portar as munições sem autorização legal. Supremo Tribunal Federal, em recente julgado, reconheceu a possibilidade de incidência do princípio da insignificância em casos de apreensão de quantidade reduzida de munição de uso permitido. No caso é analisado no contexto em que as munições foram encontradas, revelando o maior desvalor da conduta do réu. Dosimetria fundamentada. Todavia, considerada a pena imposta ao réu de 02 (dois) anos de reclusão e pagamento de 24 (vinte e quatro) dias-multa, pelo crime da Lei 10826/03, art. 14, o prazo prescricional é de quatro anos, conforme CP, art. 109, V, reduzido à metade diante da menoridade relativa do acusado. A denúncia foi recebida em 17/04/2015 e a sentença proferida em 10/11/2022. Inequívoca a prescrição da pretensão punitiva estatal, ante o transcurso do prazo superior a 02 (dois) anos entre a data do recebimento da denúncia e a sentença prolatada. Desprovimento do recurso defensivo. De ofício, declara-se extinta a punibilidade do réu, pelos fatos narrados na denúncia, ante a prescrição retroativa da pretensão punitiva estatal, nos termos dos arts. 107, IV, 109, V, 110, §1º, todos do CP.

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Doc. VP 195.2012.7005.8200

404 - STJ. Embargos de declaração no agravo regimental no recurso especial. Cessação de foro privilegiado. Feito incluído em pauta. Manutenção do acórdão regional de rejeição da denúncia. Embargos acolhidos com efeitos infringentes. Recurso especial desprovido.

«1 - Na hipótese, quando da rejeição da denúncia (16/5/2013), a ora embargante já se encontrava aposentada por invalidez (6/1/2012). No entanto, impõe-se ressaltar que, conforme consta em fl. 417, o feito incluído em pauta em 16/5/2013, sem qualquer manifestação do órgão ministerial a respeito do fato. ... ()

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Doc. VP 840.8131.1305.6334

405 - TJRJ. PENAL. PROCESSO PENAL. APELAÇÃO CRIMINAL. DENÚNCIA E CONDENAÇÃO PELO CRIME DE ESTUPRO DE VULNERÁVEL COM A CIRCUNSTANCIADORA DE AUMENTO DE PENA POR SER O AGENTE PADRASTO DA VÍTIMA, POR INÚMERAS VEZES, EM CONTINUIDADE DELITIVA (arts. 217-A C/C 226, II, POR INÚMERAS VEZES, N/F DO 71, TODOS DO CÓDIGO PENAL). RECURSO DEFENSIVO PUGNANDO PELA ABSOLVIÇÃO DO APELANTE SUSTENTANDO NÃO HAVER PROVA DA EXISTÊNCIA DO FATO, NOS TERMOS DO ART. 386, II, DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL. SUBSIDIARIAMENTE, REQUER A DIMINUIÇÃO DA FRAÇÃO IMPOSTA EM VIRTUDE DO RECONHECIMENTO DA CONTINUIDADE DELITIVA PARA 1/2. ACOLHIMENTO DO INCONFORMISMO DEFENSIVO. A ACUSAÇÃO POSTA NA DENÚNCIA É NO SENTIDO DE QUE O RÉU, ORA APELANTE, DESDE O FINAL DE 2008 ATÉ O INÍCIO DO ANO DE 2012, NO INTERIOR DE SUA RESIDÊNCIA, DE FORMA LIVRE E CONSCIENTE, TEVE CONJUNÇÃO CARNAL E PRATICOU OUTROS ATOS LIBIDINOSOS COM SUA ENTEADA, SHAYANE DE MATTOS, QUE TINHA ENTRE 08 (OITO) E 11 (ONZE) ANOS DE IDADE. A INSTRUÇÃO CRIMINAL SE FEZ INCONSISTENTE E FRÁGIL PARA A MANTENÇA DO JUÍZO DE REPROVAÇÃO. FATOS SUPOSTAMENTE OCORRIDOS ENTRE OS ANOS DE 2008 E 2012 QUE DERAM ENSEJO À DEFLAGRAÇÃO DE AÇÃO PENAL EM 2015 E SENTENÇA PROLATADA EM 2020. MATERIALIDADE DA CONJUNÇÃO CARNAL PROVADA POR CONCLUSÃO MÉDICO-LEGAL. VÍTIMA SUBMETIDA À PERÍCIA QUANDO TINHA 12 ANOS E AFIRMOU QUE EM LAPSO TEMPORAL NÃO MUITO DISTANTE DA DATA DO REFERIDO EXAME, HAVIA, EM MOMENTOS DISTINTOS, SE RELACIONADO SEXUALMENTE, COM DOIS IMPUTÁVEIS, ALÉM DAS CONJUNÇÕES CARNAIS QUE IMPUTOU AO ACUSADO. GENITORA DA VÍTIMA QUE FALECEU NO MESMO ANO EM QUE INICIADA A INVESTIGAÇÃO, MAS DECLARANDO DESCRENÇA NA VERSÃO DA FILHA. INEXISTÊNCIA DE QUALQUER TESTEMUNHA VISUAL DOS DELITOS. VERSÕES DE INÚMERAS TESTEMUNHAS QUE REITERARAM O QUE OUVIRAM DA VÍTIMA. INSTRUÇÃO ORAL QUE DUROU ANOS, MAS NÃO LOGROU A OITIVA DA VÍTIMA. PROVA REPETÍVEL E NECESSÁRIA E ESSENCIAL, NO PONTO. DESCUMPRIMENTO DO CODIGO DE PROCESSO PENAL, art. 155. FRAGILIDADE PROBATÓRIA. REFORMA DA SENTENÇA PARA ABSOLVER O ACUSADO. RECURSO PROVIDO.

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Doc. VP 935.6174.7511.2102

406 - TJRJ. APELAÇÃO CRIMINAL ¿ arts. 33 E 35, AMBOS C/C art. 40, VI, TODOS DA LEI 11343/06, N/F DO CP, art. 69 - ABSOLVIÇÃO - INCONFORMISMO MINISTERIAL REQUERENDO A CONDENAÇÃO NOS TERMOS DA DENÚNCIA - DESCABIMENTO ¿ CONFORME SE PODE NOTAR PELA PROVA ORAL PRODUZIDA EM JUÍZO, A MOCHILA CONTENDO EM SEU INTERIOR AS DROGAS DESCRITAS NA DENÚNCIA ( 224 G DE ¿ MACONHA ¿ E 135 G DE ¿ COCAÍNA ¿ ) ESTAVA PENDURADA NA ENTRADA DE UMA MERCEARIA DE PROPRIEDADE DO ORA APELADO, ESTABELECIMENTO ESTE QUE ALÉM DO APELADO, SE ENCONTRAVAM OS 03 CORRÉUS ABSOLVIDOS E UM MENOR, SENDO CERTO QUE NADA DE ILÍCITO FOI ENCONTRADO NA POSSE DIRETA DO REFERIDO APELADO, QUE AINDA NEGOU AOS AGENTES ESTATAIS QUE TAL MOCHILA FOSSE DE SUA PROPRIEDADE - COMO SABIDO, A SENTENÇA DE CONTEÚDO CONDENATÓRIO EXIGE, PARA SUA PROLAÇÃO, A CERTEZA DE TER SIDO COMETIDO UM CRIME E DE SER O ACUSADO O SEU AUTOR, E DENTRO DESTE CENÁRIO NÃO SE PODE ATRIBUIR DE FORMA ABSOLUTA A PROPRIEDADE DA DROGA AO APELADO EM QUESTÃO PELO SIMPLES FATO DE O MESMO SER PROPRIETÁRIO DO ESTABELECIMENTO, NO QUAL ALÉM DESTE HAVIA MAIS 04 PESSOAS - REGISTRE-SE POR OPORTUNO QUE DE IGUAL FORMA O FATO DE HAVER VÍDEO NO APARELHO CELULAR DO APELADO ONDE ESTE APARECE PORTANTO UMA ARMA DE FOGO E FAZENDO AMEAÇAS A POLICIAIS, NÃO SE PRESTA A JUSTIFICAR UMA CONDENAÇÃO, ATÉ PORQUE TAL PROVA FOI AFASTADA PELO MAGISTRADO DE ORIGEM DADA A ILICITUDE DA MESMA, UMA VEZ QUE O APELADO NÃO AUTORIZOU QUE MEXESSEM EM SEU APARELHO CELULAR - NOUTRO GIRO, COMO SABIDO, A CARACTERÍSTICA DA ASSOCIAÇÃO, PREVISTA NO art. 35 DA LEI DE DROGAS, É A ESTABILIDADE DO VÍNCULO, HAVENDO A NECESSIDADE DE UM ANIMUS ASSOCIATIVO, OU SEJA, UM AJUSTE PRÉVIO NO SENTIDO DA FORMAÇÃO DE UM VÍNCULO ASSOCIATIVO DE FATO, E EM QUE PESE OS ARGUMENTOS LANÇADOS NAS RAZÕES RECURSAIS, O MINISTÉRIO PÚBLICO EFETIVAMENTE NÃO LOGROU ÊXITO EM DEMONSTRAR NOS AUTOS TAIS CIRCUNSTÂNCIAS - NEGADO PROVIMENTO AO RECURSO MINISTERIAL.

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Doc. VP 383.6350.4560.7732

407 - TJRJ. APELAÇÃO CRIMINAL - ESTUPRO DE VULNERÁVEL

- JUÍZO DE CENSURA PELO art. 217-A C/C 226, II (TRÊS VEZES), NA FORMA DO ART. 71, TODOS DO CP - FATO PENAL OCORRIDO ENTRE O ANO DE 2018 E 2019 - PLEITO DEFENSIVO MAIS ABRANGENTE, QUE ESTÁ VOLTADO À ABSOLVIÇÃO, QUE MERECE PROSPERAR - MOSTRA ORAL QUE APRESENTA CONTRADIÇÕES E NÃO ESCLARECE O OCORRIDO, INCLUSIVE, REFUTA O PRIMEIRO FATO, TRAZIDO PELA VÍTIMA. DENÚNCIA DESCREVE QUE O APELANTE PRATICOU, POR DIVERSAS E REPETIDAS VEZES, ATOS LIBIDINOSOS COM A VÍTIMA M.L. QUE CONTAVA COM 11 (ONZE) ANOS DE IDADE QUANDO OS ATOS SE INICIARAM, ESTES CONSISTENTES EM TOCAR OS SEUS SEIOS E AS PARTES INTIMAS DA VÍTIMA, LIBIDINOSAMENTE. CONTUDO, À VISTA DA MOSTRA ORAL, EM AUDIÊNCIA ESPECIAL A VÍTIMA RELATOU TRÊS EPISÓDIOS, EM QUE OS FATOS OCORRERAM. EM UM DELES, QUANDO FOI A UMA PESCARIA COM O APELANTE, JUNTO COM AS FILHAS DELE E UM PRIMO, TENDO TODOS NEGADOS A PRÁTICA DELITIVA, AO ADUZIREM QUE PERMANECERAM TODOS JUNTOS E OS FATOS NÃO OCORRERAM COMO A LESADA NARROU. POIS, EM AUDIÊNCIA ESPECIAL, REALIZADA JUNTO AO NUDECA, A VÍTIMA RELATA QUE APÓS UM BANHO DE RIO O ORA APELANTE TERIA SE OFERECIDO PARA SECÁ- LA. TENDO SE APROVEITADO DO MOMENTO PARA ACARICIAR OS SEUS SEIOS. NO ENTANTO, OS INFORMANTES, OUVIDOS EM JUÍZO, RELATAM QUE A VÍTIMA SE SECOU SOZINHA NÃO HAVENDO AJUDA DO APELANTE E QUALQUER ATO PRATICADO CONFORME A DESCRIÇÃO DA LESADA, INCLUSIVE ELA ESTARIA COM OUTRA VESTE POR BAIXO. QUANTO AOS DEMAIS ATOS A MOSTRA DEIXA DÚVIDA, EIS QUE TERIAM OCORRIDO NA CASA DO APELANTE QUANDO A VÍTIMA IA BRINCAR COM AS SUAS FILHAS. CONTUDO NÃO APONTA DETALHES, MAS UMA DESCRIÇÃO FUGAZ E GENÉRICA ACERCA DO OCORRIDO. PSICÓLOGA OUVIDA EM JUÍZO RELATA QUE ATENDEU A VÍTIMA E OUVIU DELA QUE O TIO, O ORA APELANTE, HAVIA PASSADO A MÃO NO SEU CORPO, MAS SEM QUE ESMIUÇASSE O FATO. ALÉM DISSO, A OUTRA PSICÓLOGA, SRA. AGDA CRISTINA, AO SER OUVIDA EM JUÍZO RELATOU QUE ERA PSICÓLOGA DO CRAS E NÃO ATENDEU A ADOLESCENTE; INFORMOU QUE APENAS CONVERSOU COM A GENITORA DA VÍTIMA, TENDO A VÍTIMA NEGADO OS FATOS NA VISITA. É CEDIÇO QUE, EM CRIMES DE NATUREZA SEXUAL, MORMENTE AQUELES PRATICADOS CONTRA MENOR DE IDADE, A PALAVRA DA VÍTIMA É DE GRANDE IMPORTÂNCIA. CONTUDO, TAIS DECLARAÇÕES DEVEM SER COERENTES, E ESTAREM EM CONSONÂNCIA COM OS DEMAIS RELATOS, E PROVAS JUNTAS AOS AUTOS. A ALEGAÇÃO DA OFENDIDA, QUE GERE DÚVIDA, QUANDO EM CONFRONTO COM O RESTANTE DAS EVIDÊNCIAS, NÃO CONDUZ À FORMAÇÃO DO JUÍZO DE CENSURA, COMO NO PRESENTE CASO. DESTE MODO, AS PROVAS NÃO ESCLARECEM A PRÁTICA DELITIVA, EIS QUE AS ALENTADAS CONDUTAS IMPUTADAS NÃO SÓ, NÃO FORAM VISUALIZADAS POR NENHUMA TESTEMUNHA E AS FILHAS DO APELANTE RELATAM QUE SEMPRE ESTAVAM JUNTAS DA VÍTIMA QUANDO ESTA IA NA SUA CASA BRINCAR, COMO A PRÓPRIA VÍTIMA, ENFRAQUECE SUAS ASSERTIVAS, QUANDO NO EPISÓDIO DA PESCARIA, CAI POR TERRA, AS SUAS NARRATIVAS DO QUE TERIA SUPOSTAMENTE OCORRIDO. RESTANDO OS RELATOS DE ABUSOS RESTRITOS AO QUE FOI DECLARADO PELA VÍTIMA, QUE SE REVELAM FRÁGEIS E CONTRADITÓRIOS, SEM DETALHES E OUTROS DADOS QUE CONFIRMASSEM AS IMPUTAÇÕES CONTIDAS NA DENÚNCIA, HAVENDO MEROS INDÍCIOS DO DELITO, QUE FORAM SUFICIENTES PARA INSTAURAR A AÇÃO PENAL, MAS NÃO A EMBASAR UM JUÍZO DE CENSURA À MANUTENÇÃO DA CONDENAÇÃO, INDISPENSÁVEL A CERTEZA QUANTO AO FATO PENAL E SEU AUTOR, O QUE NÃO SE VERIFICA NO CASO EM TELA. PELO EXPOSTO, VOTO PELO PROVIMENTO DO RECURSO, PARA ABSOLVER O APELANTE, COM FUNDAMENTO NO CPP, art. 386, VII. À UNANIMIDADE DE VOTOS, FOI DADO PROVIMENTO AO RECURSO PARA ABSOLVER O APELANTE, COM FUNDAMENTO NO CPP, art. 386, VII.

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Doc. VP 769.4651.1677.2560

408 - TJRJ. Apelação criminal. Art. 35, c/c Lei 11.343/2006, art. 40, IV e VI. Apelantes condenados. DAS PRELIMINARES. Manutenção das prisões preventivas. A prisão dos Apelantes deve ser mantida. Os requisitos autorizadores da custódia cautelar permanecem inalterados; o crime praticado é extremamente grave, com reflexos devastadores para os moradores de Paracambi. Prisão preventiva mantida para resguardar a ordem pública e garantir a aplicação da lei penal. Insuficiência das medidas cautelares diferentes da prisão. Art. 282, I, in fine, do CPP). Com a superveniência da condenação, a manutenção da prisão de acusado que permaneceu preso durante a instrução não configura ofensa ao princípio da presunção da inocência. O pedido de isenção ao pagamento de custas e taxas judiciárias face a hipossuficiência não prospera. O pagamento das custas processuais é consectário legal da condenação. É da competência do Juízo da Execução Penal analisar eventual hipossuficiência econômica do condenado. CPP, art. 804 e verbete 74, da Súmula de Jurisprudência do TJRJ. Da alegada litispendência. Inexistência. A estrutura hierárquica e o modus operandi das associações analisadas neste processo e na ação penal 0100476-77.2019.8.19.0001 são diferentes. Tratam-se de fatos distintos, cometidos em tempos distintos e com corréus distintos, inexistindo, pois, ofensa à coisa julgada. Preliminar de inépcia da denúncia rechaçada. Da simples leitura da denúncia verifica-se que ela narra, com detalhes e de forma clara, a dinâmica dos crimes, as elementares de cada um dos tipos penais e individualiza a conduta e a atividade dos Apelantes, preenchendo os requisitos do CPP, art. 41. Precedente do STJ. Importante destacar, que todos os Apelantes foram absolvidos quanto ao crime de tráfico, já tendo ocorrido o trânsito em julgado para o Ministério Público. Preliminar de ausência de justa causa para a abordagem policial ao corréu Daniel Francisco afastada. A abordagem policial se deu em estrita observância ao dever legal. Dentro do contexto fático delineado, havia justa causa para a abordagem. A fundada suspeita se confirmou, pois, ao final foram apreendidos quatro aparelhos de telefone celulares (cuja a quebra de sigilo de dados deu origem à presente ação penal) e a quantia de R$ 197,50. Incorrência de quebra da cadeia de custódia. O auto de apreensão preenche os requisitos necessários, não sendo exigidas maiores formalidades para a realização da perícia. Não foi constatada qualquer irregularidade ou prejuízo para a prova técnica, e a defesa não demonstrou ter havido adulteração no iter probatório. Precedente do STJ. DO MÉRITO. Crime de associação comprovado. Através da quebra do sigilo de dados telefônicos, da interceptação de comunicação telefônica, demais diligências e da prova oral produzida sob o crivo dos princípios da ampla defesa e do contraditório, resta indene de dúvidas que os Apelantes integravam, de forma permanente, estável, organizada, hierarquizada e com divisão de tarefas, uma associação criminosa voltada para a prática do tráfico de drogas e crimes correlatos nos bairros de Sabugo e Lages, no município de Paracambi. Prova oral segura. Apelantes atuavam de maneira estável e permanente, em uma associação para fins de tráfico organizada, por longo período de tempo, com estrutura, hierarquia e divisão de tarefas. As funções de cada um dos Apelantes estão definidas e comprovadas nos autos, tornando cristalina a ocorrência do crime imputado a cada um deles. Dosimetria mantida. Pena-base fixada acima do mínimo legal de forma fundamentada. Sentenciante ponderou adequadamente as circunstâncias e consequências do crime, considerou o poderio, a organização, o alcance e o potencial lesivo da associação criminosa sob análise. Valorou o fato de a associação criminosa ter se instalado em área carente da Comarca de Paracambi, onde as pessoas são vulneráveis, hipossuficientes e desprovidas de serviços sociais básicos, o que facilitava o domínio e recrutamento de populares e levou em consideração a função que cada um dos Apelantes exercia dentro do grupo criminoso. Manutenção das causas de aumento insertas no Lei 11.343/2006, art. 40, IV e VI. Resta extreme de dúvidas que armas de fogo eram utilizadas para garantir o livre exercício da atividade ilícita e a segurança dos integrantes da associação criminosa. Prova oral consistente. Precedente do STJ. A prova oral também deixa cristalino o envolvimento de adolescentes no grupo criminoso, sendo que alguns dos integrantes tinham a função específica de recrutá-los. Regime inicialmente fechado mantido, pelo total de pena aplicado e com base nas circunstâncias que ensejaram o incremento das penas-bases. Art. 33, § 2º «a e § 3º, do CP. Eventual detração penal e/ou livramento condicional deverão ser pleiteados junto ao Juízo da Execução em observância ao princípio do Juiz natural. Prequestionamento não conhecido. Não houve qualquer tipo de violação à norma constitucional ou infraconstitucional. Descumprimento do requisito da impugnação específica e localizada. PRELIMINARES RECHAÇADAS. RECURSOS DEFENSIVOS CONHECIDOS E DESPROVIDOS, com a manutenção, in totum, da sentença

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Doc. VP 400.6368.2851.0695

409 - TJRJ. APELAÇÃO CRIMINAL. CRIME DE TRÁFICO INTERESTADUAL DE DROGAS NA MODALIDADE TRANSPORTAR, UTILIZANDO VEÍCULO DE PASSEIO CARREGADO COM 10,17KG DE COCAÍNA. INÉPCIA DA DENÚNCIA. MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA. INEXISTÊNCIA DE PRECLUSÃO. RECURSO EXCLUSIVO DAS DEFESAS.

Denúncia que carece de indicação clara e precisa das condutas individualizadas, dos fatos criminosos imputados a cada réu, ora apelantes, com todas as suas circunstâncias. Aponta ainda um único denunciado, cujo nome é GABRIEL, além de não pronunciar o vínculo que os dois réus têm entre si, tampouco com o outro elemento que menciona (GABRIEL) e com os fatos e circunstâncias que descreve. ... ()

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Doc. VP 201.9362.3005.8100

410 - STJ. Recurso ordinário em habeas corpus. Crime contra a ordem tributária. Lei 8.137/1990, art. 1º, II. Importação de equipamentos médicos. Preliminar de nulidade, por cerceamento de defesa. Intimação do advogado da sessão de julgamento do writ originário. Sustentação oral. Ausência de pedido expresso na petição inicial. Preliminar afastada. Pleito de trancamento da ação penal por atipicidade da conduta. Medida excepcional. Existência de provimento judicial para internalização de maquinário sem prévio recolhimento de ICMS. Autorização judicial que abarca equipamentos arrendados sem previsão contratual de compra. Entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal no re Acórdão/STF. Não extensão aos equipamentos relacionados na denúncia. Inexistência de prova referente à impossibilidade de aquisição dos bens. ICMS devido e não recolhido. Crédito tributário constituído. Discussão do débito em sede de execução fiscal. Independência entre as esferas cível e penal. Garantia do crédito tributário. Natureza de pagamento voluntário ou de parcelamento da exação. Não caracterização. Irrelevância. Justa causa evidenciada. Prosseguimento da ação penal. Recurso desprovido.

«1 - Inviável o reconhecimento da nulidade sustentada nas razões do presente recurso, uma vez que a Defesa não requereu expressamente sua prévia intimação com a finalidade de apresentar sustentação oral no julgamento do habeas corpus pela Corte a quo. Precedentes. ... ()

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Doc. VP 379.0718.3881.0466

411 - TJRJ. PENAL. PROCESSO PENAL. APELAÇÃO. DENUNCIADO E CONDENADO NAS PENAS DO art. 157, §2º, S I E II, DO CÓDIGO PENAL (COM REDAÇÃO ANTERIOR À ALTERAÇÃO TRAZIDA PELA LEI Nº13.654/2018), EM DESFAVOR DA VÍTIMA LEONARDO, E art. 157, §2º, S I E II, DO CÓDIGO PENAL (COM REDAÇÃO ANTERIOR À ALTERAÇÃO TRAZIDA PELA LEI 13.654/2018) , POR 6X (SEIS VEZES), EM DESFAVOR DAS VÍTIMAS BRUNO, CINTIA, JONOELSON, LARISSA, LIDEMBERG E MARCOS, NA FORMA DO ART. 70, TUDO NA FORMA DO art. 69, AMBOS TAMBÉM DO CÓDIGO PENAL. RECURSO DEFENSIVO: PRELIMINARMENTE, ARGUI NULIDADE DO RECONHECIMENTO. NO MÉRITO, POSTULA A ABSOLVIÇÃO POR INSUFICIÊNCIA DE PROVAS. SUBSIDIARIAMENTE, REQUER A REVISÃO DA DOSIMETRIA, EXCLUSÃO DAS MAJORANTES, DETRAÇÃO E ISENÇÃO DAS CUSTAS. ACOLHIMENTO DO INCONFORMISMO DEFENSIVO. A INSTRUÇÃO CRIMINAL SE FEZ INCONSISTENTE E BASTANTE FRÁGIL PARA MANTENÇA DO JUÍZO DE REPROVAÇÃO POR SETE CRIMES DE ROUBOS IMPUTADOS AO ORA APELANTE E AO CORRÉU, QUE JÁ TEVE EXTINTA A PUNIBILIDADE PELO ÓBITO. A ARGUIÇÃO DE NULIDADE NÃO SE VÊ PRECLUSA POR NÃO TER SIDO OBJETO DA CONTESTAÇAÕ À DENÚNCIA. COM AS MUDANÇAS PROCESSUAIS E PROCEDIMENTAIS PENAIS OCORRIDAS A PARTIR DE 2008, A INEXISTÊNCIA DA FASE DE DILIGÊNCIAS E A UNIFICAÇAO DA PROVA ORAL DE ACUSAÇAO E DE DEFESA, SEGUIDA DO INTERROGATÓRIO DO ACUSADO, É NA ALEGAÇÃO FINAL QUE QUALQUEER DAS PARTES PODERÁ ARGUIR PREJUDICIAL, NOTADAMENTE, AS DE NULIDADE. SETE FORAM OS ROUBOS COMETIDOS SENDO UM EM VIA PÚBLICA E SEIS EM UMA LANCHONETE. DAS SEIS VÍTIMAS QUE ESTAVAM NA LANCHONETE, DUAS JAMAIS PRESTARAM QUAISQUER DECLARAÇÕES E TRÊS NÃO RECONHECERAM O ACUSADO, MERECENDO DESTACAR QUE UMA DELAS, - A ÚNICA QUE PRESTOU DECLARAÇÕES NA DELEGACIA - NÃO RECONHECEU O ACUSADO PRESENCIALMENTE, EMBORA O TENHA RECONHECIDO POR FOTOGRAFIA DURANTE A INVESTIGAÇAO E MAIS DE ANO APÓS A PRÁTICA DOS ROUBOS. FRAGILIDADE MANIFESTA SOBRE A AUTORIA DESTES SEIS ROUBOS. VÍTIMA DO ROUBO DO VEÍCULO EM VIA PÚBLICA QUE RECONHECEU O ACUSADO POR FOTOGRAFIA APÓS TER CIÊNCIA DE SUA IMAGEM EM REDES SOCIAIS. VÍTIMA QUE AFIRMA TER SIDO ASSALTADA POR TRÊS ROUBADORES, MAS EM SEDE POLICIAL POSICIONA O ACUSADO EM UM LOCAL DURANTE A DINÂMICA DELITIVA, MAS EM JUIZO O COLOCA EM OUTRA POSIÇÃO, CONFUNDINDO DEMASIADAMENTE A AÇÃO DO APELANTE COM AQUELA PRATICADA PELO CORRÉU JÁ FALECIDO. DÚVIDAS RAZOÁVEIS E MANIFESTAS A SEREM RESOLVIDAS EM FAVOR DE QUEM É ACUSADO.

RECURSO PROVIDO.

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Doc. VP 360.3808.1344.5975

412 - TJSP. Apelação - Tráfico de drogas, Posse de munições de uso permitido, Resistência e Lesão Corporal - Recursos defensivos.

Pleitos de revogação da prisão preventiva - Não acolhimento - Segregações justificadas.   Preliminares - Inépcia da denúncia - Matéria superada cm a prolação da sentença - Precedentes - Inépcia, de todo modo, não verificada - Denúncia que atende os requisitos do CPP, art. 41 - Contraditório garantido - Alegação de ilicitude das provas colhidas em razão de busca veicular injustificada e ofensa à inviolabilidade de domicílio - Inocorrência - Presença de indícios concretos da ocorrência de crime permanente - Ilegalidade não vislumbrada. Mérito - Materialidade e autoria comprovadas - Relatos firmes e coerentes dos policiais civis - Idoneidade da prova oral, colhida sob o crivo do contraditório e sem indícios de má-fé. Dolo quanto ao crime de resistência evidenciado pelas circunstâncias apuradas - Pleito de absolvição por atipicidade rechaçado. Reprimendas - Tráfico de Drogas - Réu Rodrigo portador de maus antecedentes - Aumento da pena-base justificado - Segunda fase - Réus reincidentes - Pleito de incidência do privilégio - Não acolhimento - Reincidência e circunstâncias apuradas evidenciadoras de dedicação ao tráfico - Pretensão de abrandamento do regime prisional e substituição penal - Não acolhimento - Regime fechado adequado e proporcional - Ausência de impugnação específica quanto aos crimes previstos na Lei 10826/03, art. 12, art. 329, «caput e § 2º, c/c CP, art. 129 - Regimes de cumprimento, contudo, alterados para o semiaberto, por se tratar de delitos apenados com detenção - Redução ou exclusão da pena de multa - Pedido inviável - Pena prevista no preceito secundário, de incidência obrigatória - Detração e pedido de isenção de custas judiciais - Matéria afetas ao Juízo das Execuções Criminais - Precedentes.

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Doc. VP 702.1017.7503.1555

413 - TJSP. Apelação - Tráfico de drogas - Sentença absolutória - Recurso ministerial - Pretensão à condenação do réu nos termos da denúncia - Acolhimento - Réu que trazia consigo e guardava, para fins de tráfico, 70 (setenta) porções de tetrahidrocannabinol (THC), massa líquida de 75,3 gramas - Materialidade e autoria comprovadas - Policial civil ouvido em juízo que ratificou os termos da denúncia, confirmando a abordagem do réu, o qual estava em ponto de tráfico na posse de uma pochete contendo significativa quantidade de drogas, tentou empreender fuga e confessou informalmente a mercancia ilícita - Pequenas divergências que não são capazes de infirmar a prova oral produzida em juízo, tampouco exclui a conclusão acerca da mercancia ilícita, especialmente porque o depoimento do agente é amplamente harmônico na essência dos fatos - Inexistência de indício de que os policiais tivessem algum interesse em incriminar falsamente o réu - Situação que precedeu a abordagem autorizando a busca pessoal - Policiais que surpreenderam o acusado em local conhecido como ponto de tráfico portanto uma pochete e ao notar a presença da guarnição, tentou empreender fuga - Dolo de praticar o narcotráfico que restou evidenciado pelas circunstâncias da prisão - Crime de ação múltipla ou conteúdo variado - Dispensável o cometimento de atos de mercancia - Condenação de rigor - Dosimetria - Pena-base fixada 1/5 acima do mínimo legal, em razão dos maus antecedentes - Novo acréscimo de 1/6 na segunda etapa em razão da reincidência - Privilégio descabido diante dos maus antecedentes e da recidiva do recorrente - Circunstâncias judiciais desfavoráveis sopesadas para exasperar a pena-base e reincidência que justificam a imposição do regime inicial fechado - Sentença reformada - Recurso provido

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Doc. VP 829.1815.8015.5161

414 - TJRJ. Apelação Criminal. Tráfico de drogas. Lei 11.343/06, art. 33. Preliminares afastadas. Licitude da busca pessoal em caso de suspeita da posse de elementos que constituam corpo de delito. Precedente. Elementos dos autos indicam fundadas suspeitas, sendo plenamente justificada a busca pessoal realizada pelos agentes da lei, à luz do que dispõe o CPP, art. 244. Possível violação da cadeia de custódia, por si só, não implica obrigatoriamente na imprestabilidade ou nulidade dos elementos de prova colhidos. O réu foi preso em flagrante, o material apreendido e efetivado os respectivos laudos não impugnados pela defesa. Desnecessárias eventuais outras providências, visto que, da forma como conduzido o inquérito e a ação penal, foi garantido ao acusado o devido processo legal e todas as garantias a ele inerentes. Não demonstrado qualquer indício de contaminação da prova arrecadada. Todos os elementos de prova instruíram a denúncia e constam desde o início nos autos, sendo submetidos ao contraditório e a ampla defesa, razão pela qual rejeitadas as preliminares. Autoria e materialidade comprovadas. Versão do acusado em sua autodefesa quando interrogado em Juízo é dissociada do acervo probatório. Depoimentos firmes e contundentes dos policiais responsáveis pela prisão em flagrante do acusado. Súmula 70 do TJ/RJ. Prova oral colhida em Juízo corroborada com os documentos carreados aos autos. Impossibilidade de desclassificação para o crime de uso. Réu guardava, vendia e tinha em depósito, para fins de mercancia, sem autorização legal ou regulamentar, as drogas descritas na denúncia. Mantido o decreto condenatório. Dosimetria escorreita e bem fundamentada em todas as fases. Manutenção da sentença em sua integralidade. Recurso desprovido.

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Doc. VP 911.4515.3180.1239

415 - TJSP. Obrigação de não fazer. Autora que denunciou perito judicial no conselho profissional, por ter enviado assistente para realização de perícia. Receio de retaliação. Pretensão de ver imposta abstenção na aceitação de nomeação como perito em qualquer demanda envolvendo as empresas do grupo. Eventual hipótese de suspeição deve ser verificada em concreto em cada caso, e conforme também as suas circunstâncias. Reconvenção. Recurso do réu, postulando indenização por dano moral, que também não merece acolhimento, tendo em vista que a autora apenas fez o regular uso dos meios disponíveis, como arguir suspeição do perito ou registrar denúncia no CREA. Dano moral não configurado. Sentença mantida. Recursos desprovidos.

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Doc. VP 516.8501.6189.7753

416 - TJSP. Apelação criminal. Furto qualificado pelo rompimento de obstáculo. Recurso defensivo. Materialidade e autoria demonstradas. Confissão do apelante se ajustou aos demais elementos probatórios produzidos no contraditório. Ausência de insurgência defensiva nesse ponto. Condenação preservada. Afastamento da qualificadora do art. 155, § 4º, I, do CP. Necessidade. Ausência de prova efetiva do rompimento de obstáculo descrito na denúncia. Prova oral que se revelou bastante lacunosa. Inexistência de prova técnica pericial. Infração penal que deixa vestígios. Exegese do CPP, art. 158. Majorante afastada.

Dosimetria. Pena-base fixada na fração de 1/4 acima do mínimo legal, pelos maus antecedentes do réu. Readequação. Necessidade, eis que sopesada uma única condenação nesta etapa. Aumento da basilar redimensionado para 1/6. Operada, de ofício, a compensação parcial entre a agravante da reincidência (duas condenações definitivas) e a atenuante da confissão espontânea. Tema 585 do C. STJ. Pleito de abrandamento do regime prisional. Impossibilidade. Acusado duplamente reincidente e portador de maus antecedentes, inclusive por crimes da mesma espécie. Regime inicial fechado adequado e fundamentado, não comportando abrandamento. Pena privativa de liberdade que não comporta substituição por restritivas de direitos ou sursis. Exegese do art. 44, II e III, e art. 77, I e II, do CP. Recurso parcialmente provido.

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Doc. VP 126.5059.9559.7521

417 - TJRJ. Apelação criminal. Arts. 129, §§1º, I, e 9º, do CP n/f da Lei 11.340/06. Absolvição. Inquestionável a lesão suportada pela vítima. Entretanto, a prova oral não permite um juízo de certeza da autoria e culpabilidade do delito de lesão corporal. Versão dos da vítima em juízo diverge da versão em sede policial, que coincide c com o relato em juízo do informante amigo do réu, que presenciou os fatos. As divergências no depoimento da vítima são, e o depoimento da testemunha ocular, coloca dúvida razoável del re a imputação. O princípio in dubio pro reo. Ademais, a pretensão punitiva estatal estaria fulminada pela prescrição. Réu primário e sem maus antecedentes, com 84 anos na data deste julgamento. Caso condenado, a pena seria fixada no mínimo legal de 1 ano de reclusão, diante das circunstâncias objetivas e subjetivas do crime. Prazo prescricional de 4 anos reduzido pela metade n/f do art. 109, VI, c/c art. 115, ambos do CP - 2 anos. A sentença absolutória não é causa de interrupção ou suspensão da prescrição. Houve o transcurso de prazo superior a 2 anos entre a data do recebimento da denúncia - 28/01/2019, e o presente julgamento - 04/02/2025. Recurso desprovido.

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Doc. VP 649.1948.5059.5681

418 - TJRJ. RECURSO DE APELAÇÃO CRIMINAL. DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL. IMPUTAÇÃO DA CONDUTA MOLDADA NO art. 129, § 9º, DO CÓDIGO PENAL. PROCEDÊNCIA DA PRETENSÃO PUNITIVA. PENA DE 01 (UM) ANO DE DETENÇÃO. REGIME ABERTO E FIXAÇÃO DO PAGAMENTO DE R$ 10.000 (DEZ MIL REAIS), A TÍTULO DE REPARAÇÃO POR DANOS MORAIS. IRRESIGNAÇÃO DO RÉU. PRELIMINARES DE INVALIDADE DO PROCESSO, SUSTENTANDO A INÉPCIA DA EXORDIAL ACUSATÓRIA, ASSIM COMO DO INQUÉRITO POLICIAL; DA DECISÃO QUE RECEBEU A DENÚNCIA E DA SENTENÇA; AUSÊNCIA DE JUSTA CAUSA PARA DEFLAGRAÇÃO DA AÇÃO PENAL, PELA NÃO COMPROVAÇÃO DA AUTORIA E MATERIALIDADE DO DELITO, ALÉM DA NECESSIDADE DA PROPOSTA DE ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL OU DA SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO E, POR FIM, O RECONHECIMENTO DO CERCEAMENTO DE DEFESA NO CURSO DA INSTRUÇÃO. NO MÉRITO, PLEITO DE ABSOLVIÇÃO SOB O ARGUMENTO DE SER FRÁGIL A PROVA PRODUZIDA. SUBSIDIARIAMENTE, A FIXAÇÃO DA PENA-BASE NO MÍNIMO E A APLICAÇÃO DA SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA. PROCURADORIA DE JUSTIÇA OFICIOU PELO DESPROVIMENTO DO RECURSO. MATERIALIDADE NÃO COMPROVADA A CONTENTO. CRIME NÃO TRANSEUNTE. IMPRESCINDIBILIDADE DA PROVA TÉCNICA. INTELIGÊNCIA DO CPP, art. 158. AUSÊNCIA DO LAUDO DE EXAME DE CORPO DE DELITO DE LESÃO CORPORAL NÃO SUPRIDO PELA PROVA ORAL. PROVIMENTO DO RECURSO.

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Doc. VP 987.2492.4567.7581

419 - TJRJ. DIREITO PENAL. RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. arts. 121, §2º, IV E V; 121, §2º, V E VI, C/C 14, II, TODOS DO CÓDIGO PENAL; 35 C/C 40, IV E VI, DA LEI 11.343/06; E 244-B, DA LEI 8.069/90 (RÉU LUCAS DOS SANTOS NOBRE DE ARAÚJO (VULGO «LC OU «LUQUINHA). arts. 35 C/C 40, IV E VI, DA LEI 11.343/06 E 244-B, DA LEI 8.069/90 (DEMAIS RÉUS).

I.

Caso em exame. Decisão que rejeitou a Denúncia oferecida contra todos os ora Recorridos, com fulcro no CPP, art. 395, III, por ausência de justa causa. ... ()

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Doc. VP 166.1320.9003.8200

420 - STJ. Habeas corpus. Crime de responsabilidade de prefeito. Recebimento da denúncia. Sessão de julgamento. Ausência de intimação da acusada e seu defensor. Publicação da qual não constou o nome do advogado da ré. Eiva configurada. Concessão da ordem.

«1. Da leitura da Lei 8.038/1990, notadamente dos artigos 4º a 6º, observa-se que inexiste qualquer norma que determine a intimação pessoal do acusado para a realização da sessão de julgamento em que apreciada a denúncia oferecida nas ações penais originárias. ... ()

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Doc. VP 698.9232.7625.6547

421 - TJRJ. PENAL. PROCESSO PENAL. APELAÇÃO DEFENSIVA. DENÚNCIA (ADITADA) E CONDENAÇÃO PELO CRIME DE LESÃO CORPORAL PRATICADO NO CONTEXTO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA (art. 129, §9º, DO CÓDIGO PENAL). RECURSO DEFENSIVO PUGNANDO PELO AFASTAMENTO DA CONDENAÇÃO AO PAGAMENTO DE DANOS MORAIS E PELA ISENÇÃO DAS CUSTAS PROCESSUAIS EM DECORRÊNCIA DOS BENEFÍCIOS DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA. ACOLHIMENTO PARCIAL DO INCONFORMISMO. A ACUSAÇÃO POSTA NA DENÚNCIA (ADITADA) É NO SENTIDO DE QUE O RÉU, ORA APELANTE, CONSCIENTE E VOLUNTARIAMENTE, PREVALECENDO-SE DAS RELAÇÕES DOMÉSTICAS E FAMILIARES, OFENDEU A INTEGRIDADE CORPORAL DA VÍTIMA YASMIN FRABINE PINTO HELENO, SUA SOBRINHA, GOLPEANDO-A COM SOCOS E CHUTES. A INSTRUÇÃO CRIMINAL SE FEZ CONSITENTE PARA A MANTENÇA DO JUÍZO DE REPROVAÇÃO QUANTO AO CRIME IMPUTADO. SEQUER A CONDENAÇÃO FOI OBJETO DA IMPUGNAÇÃO RECURSAL. CONDENAÇÃO POR DANO MORAL EM R$3.000,00 (TRÊS MIL REAIS). DENÚNCIA QUE NÃO EXPRESSOU O VALOR CERTO E DETERMINADO QUANTO À VERBA INDENIZATÓRIA PLEITEADA. AFASTAMENTO DA CONDENAÇÃO POR DANO MORAL. ISENÇÃO DE CUSTAS QUE DEVE SER EXAMINADA E DECIDIDA NA FASE EXECUTÓRIA. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.

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Doc. VP 145.4863.9010.5100

422 - TJSP. Dano moral. Responsabilidade civil. Ação proposta contra empresa jornalística e contra repórter. Informações prestadas pelo autor ao repórter que as gravou sem autorização e repassou as denúncias para a pessoa denunciada. Apesar da gravação clandestina e do repasse de informações, não se demonstrou a má-fé do jornalista, que agiu com intuito de averiguar os elementos colhidos e ouvir a parte contrária. Denúncias que não foram desmentidas pelo autor, que já as havia anteriormente apresentado em programa de televisão. Inexistência de conduta do repórter ou do jornal, que sequer publicou a reportagem, capaz de violar a intimidade, vida privada, honra ou imagem do autor. Ausência de prejuízo psicológico. Indenização indevida. Recursos providos.

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Doc. VP 144.5471.0003.7500

423 - TRT3. Dano moral. Transporte de valores. Ajudante de motorista. Devido.

«A prova oral produzida nos autos denuncia que o reclamante, no desempenho de suas funções de ajudante de motorista, era obrigado a transportar o numerário recebido dos clientes das reclamadas, sem que lhe fossem asseguradas as condições mínimas de segurança, estando sujeito a ocorrência de assaltos à mão armada, expondo sua vida em risco. Configurada, assim, a conduta ilícita das rés, por afronta à Lei 7.102/83, que trata da segurança patrimonial e o transporte de valores. E ao negligenciar as normas de segurança, o empregador assumiu os riscos desse procedimento, sendo responsável pela indenização por dano moral daí decorrente.... ()

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Doc. VP 195.5573.1002.7400

424 - STJ. Penal e processo penal. Agravo regimental recurso especial. Ação penal originária em curso tribunal de Justiça Estadual. Homicídio qualificado. CP, art. 121, § 2º IV CP. 1) indevida aplicação da Súmula 568/STJ. Não verificação. Julgamento de agravo regimental que sana eventual vício. 2) violação a dispositivos ou princípios constitucionais. Análise descabida em sede de recurso especial. 3) violação aos CPP, art. 619 e CPP, art. 620 pelo tribunal de origem. Omissão sobre inépcia da denúncia, falta de justa causa para ação penal e inviabilidade do refazimento de provas. Pretensão de rediscussão da matéria. 3.1) omissão sobre nulidade de prova pericial produzida inquérito constatada. Prequestionamento conforme CPC/2015, art. 1.025. Tese defensiva de violação legal analisada nesta corte. 3.2) omissão sobre recebimento parcial da denúncia para reconhecer homicídio privilegiado ou atenuantes (CP, art. 65, III, «c, última parte, CP, art. 66). Ausente prejuízo, conforme CPP, art. 563. Capitulação jurídica que não influencia regra de competência e rito procedimental. Réu que se defende dos fatos narrados denúncia. 3.3) contradição. Inocorrência. Divergência entre votos em julgamento colegiado. 4) violação da Lei 8.038/1990, art. 6º, caput, e ao CPP, art. 414. Inocorrência. Óbice do revolvimento fático-probatório, vedado conforme Súmula 7/STJ. 4.1) recurso especial que não se confunde com recurso de apelação ou recurso em sentido estrito. Ação penal originária. Ausência de duplo grau de jurisdição. 5) violação ao CPP, art. 395, III. Recebimento da denúncia. Ausência de justa causa. Óbice do revolvimento fático-probatório, vedado conforme Súmula 7/STJ. 6) violação ao CPP, art. 41 e CPP, art. 395, I. Inépcia da denúncia não demonstrada. 7) violação ao CPP, art. 6º, I, II e VII, CPP, art. 157, caput, e § 1º, e CPP, art. 158. Irregularidades fase investigativa. Não contaminação da ação penal. Elementos que devem ser renovados sob o crivo do contraditório. 8) pedido para atribuir efeito suspensivo ao recurso especial. Prejudicado. Falta de demonstração de urgência e de plausibilidade jurídica. 9) pedido de sustentação oral em agravo regimental. Art. 159 do RISTJ. 9.1. Aplicação analógica do CPP, art. 610, parágrafo único, descabido. 10) agravo regimental desprovido.

«1 - Cumpre destacar que não há que se falar em ofensa ao princípio da colegialidade em razão do julgamento monocrático do recurso especial. Isso porque, nos termos da súmula 568/STJ, «o relator, monocraticamente e Superior Tribunal de Justiça, poderá dar ou negar provimento ao recurso quando houver entendimento dominante acerca do tema. ... ()

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Doc. VP 419.6976.1553.5700

425 - TJRJ. APELAÇÃO CRIMINAL. CRIMES DE ESTELIONATO DUAS VEZES (CP, art. 171, DUAS VEZES). RÉU QUE, MEDIANTE O EMPREGO DE ARDIL E ARTIFÍCIO FRAUDULENTO, OBTEVE VANTAGEM ILÍCITA EM PREJUÍZO DA VÍTIMA. CELEBRAÇÃO DE DOIS CONTRATOS, EM 16/05/2018 E 27/11/2018. DENUNCIADO QUE DEIXOU DE EFETUAR OS PAGAMENTOS DOS VALORES DEVIDOS PELO ALUGUEL E OS APORTES QUE SERIAM DEVIDOS À VÍTIMA. SENTENÇA DE PARCIAL PROCEDÊNCIA. CONDENAÇÃO DO ACUSADO PELO CRIME DE ESTELIONATO RELATIVO AO SEGUNDO CONTRATO. PENA DE 01 (UM) ANO DE RECLUSÃO E 10 (DEZ) DIAS-MULTA, À RAZÃO UNITÁRIA MÍNIMA, EM REGIME INICIALMENTE ABERTO. SUBSTITUÍDA A PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR UMA SANÇÃO RESTRITIVA DE DIREITOS, CONSISTENTE NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE. RÉU CONDENADO, AINDA, AO PAGAMENTO DO VALOR DE R$ 25.000,00 À VÍTIMA, A TÍTULO DE DANOS MATERIAIS. QUANTO AO PRIMEIRO CRIME DE ESTELIONATO, O DENUNCIADO FOI ABSOLVIDO, SENDO APLICADO O PRINCÍPIO IN DUBIO PRO REO. IRRESIGNAÇÃO DA ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO. PRETENSÃO À CONDENAÇÃO DO RÉU TAMBÉM POR UM TERCEIRO CONTRATO CELEBRADO ENTRE AS PARTES. OCORRÊNCIA DE CONFUSÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO QUANTO À ORDEM DOS CONTRATOS FIRMADOS PELA VÍTIMA COM O RÉU. PLEITO DE READEQUAÇÃO DO VALOR MÍNIMO DE REPARAÇÃO E EXPEDIÇÃO DE OFÍCIO AO DETRAN/RJ PARA RETIRADA DO NOME DA VÍTIMA DAS MULTAS RECEBIDAS OU CONDENAÇÃO DO ACUSADO EM INDENIZÁ-LA. IGUALMENTE INCONFORMADA, A DEFESA. BUSCA A ABSOLVIÇÃO, POR INSUFICIÊNCIA PROBATÓRIA. ALTERNATIVAMENTE, PLEITEIA A FIXAÇÃO DA PENA-BASE NO MÍNIMO LEGAL, COM A SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR SANÇÕES RESTRITIVAS DE DIREITOS. SEM QUALQUER RAZÃO OS RECORRENTES. DECISÃO DEFINITIVA DE MÉRITO QUE SE MANTÉM. PROVAS DOCUMENTAL E ORAL PRODUZIDAS QUE DEMONSTRAM O INEQUÍVOCO DOLO DO RÉU, O QUAL AGIU COM CONSCIÊNCIA E VONTADE DE OBTER, MEDIANTE FRAUDE E ARDIL, VANTAGEM ILÍCITA, EM PREJUÍZO DA VÍTIMA. INCABÍVEL A ABSOLVIÇÃO, POR INSUFICIÊNCIA PROBATÓRIA. DOSIMETRIA PENAL QUE NÃO COMPORTA REPAROS. PENA-BASE ESTIPULADA NO MÍNIMO LEGAL. AUSENTES CIRCUNSTÂNCIAS AGRAVANTES OU ATENUANTES GENÉRICAS. INEXISTENTES CAUSAS DE AUMENTO OU DE DIMINUIÇÃO A SEREM AVALIADAS NA TERCEIRA ETAPA DA FIXAÇÃO DA REPRIMENDA. CORRETA SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR UMA SANÇÃO RESTRITIVA DE DIREITOS. FIXADO O REGIME ABERTO, NA HIPÓTESE DE REVERSÃO, O QUE NÃO SE MODIFICA. CORRETO O VALOR MÍNIMO DE REPARAÇÃO DO DANO, NO MONTANTE DE R$ 25.000,00, CORRESPONDENTE AO PREJUÍZO SUPORTADO PELA VÍTIMA COM O SEGUNDO CONTRATO. PRETENSÃO RECURSAL DA ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO QUE NÃO MERECE ACOLHIMENTO. DENÚNCIA QUE FAZ REFERÊNCIA EXPRESSA A DOIS CONTRATOS CELEBRADOS COM A EMPRESA DO RÉU, INCLUSIVE COM AS RESPECTIVAS DATAS. CORRETA A ABSOLVIÇÃO EM RELAÇÃO AO PRIMEIRO CRIME DE ESTELIONATO. CONTRATO ADIMPLIDO. AUSÊNCIA DE PREJUÍZO À VÍTIMA. TERCEIRO CONTRATO QUE NÃO CONSTOU DA DENÚNCIA. REFERÊNCIA AO VEÍCULO GM PRISMA ENTREGUE PARA A VENDA NO SEGUNDO CONTRATO, NÃO SENDO ESPECIFICADO QUE SE TRATAVA NA VERDADE DE UM TERCEIRO CONTRATO. NECESSÁRIA CONGRUÊNCIA ENTRE A DENÚNCIA E A SENTENÇA. INCABÍVEL A CONDENAÇÃO DO RÉU, POR FATO QUE DESBORDA DA SIMPLES CAPITULAÇÃO. PRETENSÃO DE EXPEDIÇÃO DE OFÍCIO AO DETRAN/RJ PARA RETIRADA DO NOME DA VÍTIMA DAS MULTAS RECEBIDAS, OU A CONDENAÇÃO DO RÉU EM INDENIZÁ-LA QUE DEVE SER VEIUCULADA PERANTE O JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU, A FIM DE SE EVITAR SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. RECURSOS AOS QUAIS SE NEGA PROVIMENTO.

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Doc. VP 182.0541.9000.9400

426 - STF. Agravo regimental no recurso ordinário em habeas corpus. Penal e processual penal. Crimes de associação criminosa, uso de documento falso, coação no curso do processo, crime de responsabilidade e fraude em licitação. Arts. 288, 304 e 344, do CP, CP, Decreto-lei 201/1967, art. 1º, II e Lei 8.666/1993, art. 90. Habeas corpus originariamente substitutivo de recurso. Inadmissibilidade. Precedentes. Alegada de nulidade processual em razão da exiguidade do prazo concedido à sustentação oral. Inexistência de teratologia, abuso de poder ou flagrante ilegalidade. Atuação ex officio do STF inviável. Ausência de prejuízo. Incidência do princípio do «pas de nullité sans grief. Revolvimento do conjunto fático-probatório. Inadmissibilidade na via eleita. Reiteração das razões. Agravo regimental desprovido.

«1. Esta Suprema Corte sufraga o entendimento de que o reconhecimento da nulidade alegada pressupõe a comprovação do prejuízo, nos termos do CPP, artigo 563 - Código de Processo Penal, sendo descabida a sua presunção, no afã de se evitar um excessivo formalismo em prejuízo da adequada prestação jurisdicional. ... ()

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Doc. VP 118.5303.4000.1400

427 - TJRJ. «Habeas corpus. Menor. Paciente que teria filmado, por meio de telefone móvel, cenas de sexo explícito com adolescente, isto, conforme consta na denúncia, em data incerta, porém entre os meses de maio e agosto de 2008. Hermenêutica. ECA, art. 240. Lei 11.829/2008.

«Paciente denunciado como incurso no Lei 8.069/1990, art. 240. Aponta como autoridade coatora o Juiz de Direito da 2ª Vara Criminal da Comarca de Miracema. Pretende o impetrante o trancamento da ação penal em razão da atipicidade da conduta narrada na denúncia. O ora paciente foi denunciado porque teria filmado, por meio de telefone móvel, cenas de sexo explícito com adolescente, isto, conforme consta na denúncia, em data incerta, porém entre os meses de maio e agosto de 2008. Na primeira redação do ECA, art. 240, exigia-se do sujeito ativo, a qualidade de produtor ou diretor de teatro, televisão ou cinema e atividade fotográfica. A Lei 11.829, de 25/11/2008, retirou o caráter de crime próprio do tipo, excluindo a indispensabilidade até então, de ser o sujeito ativo diretor, produtor de representação teatral, televisiva ou película cinematográfica ou de atividade fotográfica. No entanto, tal dispositivo legal entrou em vigência apenas a partir de 25/11/2008. Os fatos descritos na inicial ocorreram entre os meses de maio e agosto de 2008, portanto, em período anterior à vigência da Lei 11.829/2008. Conduta imputada ao paciente, na inicial, que não constituía crime, na época, sendo o fato absolutamente atípico. Flagrante constrangimento ilegal, ante a atipicidade absoluta da conduta imputada. ORDEM CONCEDIDA, determinando-se o trancamento da ação penal.... ()

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Doc. VP 925.3556.6211.9307

428 - TJSP. Apelações - Invasão de dispositivo informático (art. 154-A, §§ 3º e 4º, do CP) - Réus absolvidos por insuficiência probatória (CPP, art. 386, VII) - Inconformismo da defesa e do Ministério Público.

Apelo defensivo - Preliminar - Sustentadas a nulidade da r. sentença, pela ausência de condição de procedibilidade da ação penal (representação da vítima), e a necessidade de extinção da punibilidade, em razão da decadência - Rejeição - O exercício do direito de representação pela vítima, para o fim de autorizar a persecução penal nos crimes de ação penal pública condicionada, prescinde de formalidades - No caso em apreço, a vítima registrou boletim de ocorrência, prestou declarações em sede investigativa e entregou à polícia civil vários documentos atinentes à prática delituosa - Se não bastasse, apenas dois meses após os fatos, habilitou-se como assistente da acusação, constituindo advogados nos autos - Comportamentos que não deixam dúvidas sobre a vontade da vítima em ver os autores do fato processados criminalmente - Precedentes do C. STJ - Mérito - Pretendido o reconhecimento da ausência da materialidade delitiva, com a modificação do fundamento absolutório - Não acolhimento - Materialidade demonstrada pelo boletim de ocorrência, pelos documentos acostados aos autos, pelo laudo de exame pericial no dispositivo informático e pela prova oral coligida - Induvidosa a existência do fato delituoso - Recurso não provido. Apelo ministerial - Pleiteada a condenação do réu Carlos, nos termos da denúncia - Não acolhimento - Conjunto probatório que não demonstrou, com a segurança necessária, a autoria do crime narrado na denúncia - A prova produzida na ação penal se revelou incapaz de apontar quem, efetivamente, perpetrou a invasão do dispositivo informático - Inviável a condenação com fundamento em meras conjecturas ou ilações - Imperiosa a absolvição, em observância ao princípio «in dubio pro reo - Recurso não provido

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Doc. VP 126.7951.8846.0956

429 - TJRJ. E M E N T A

APELAÇÃO CRIMINAL. SENTENÇA QUE CONDENOU A RÉ PELA PRÁTICA DO CRIME DE TRÁFICO ILÍCITO DE DROGAS, PREVISTO NO art. 33 DA LEI Nº. 11.343/2006, ÀS PENAS DE 05 (CINCO) ANOS E 10 (DEZ) MESES DE RECLUSÃO, EM REGIME INICIAL FECHADO, E 583 (QUINHENTOS E OITENTA E TRÊS) DIAS-MULTA, NO VALOR MÍNIMO LEGAL. APELO DEFENSIVO SUSCITANDO, PRELIMINARMENTE, A NULIDADE DO PROCESSO, SOB O ARGUMENTO DE QUE A ABORDAGEM POLICIAL SE DEU EXCLUSIVAMENTE COM BASE EM DENÚNCIA ANÔNIMA. NO MÉRITO, BUSCA A ABSOLVIÇÃO DO APELANTE, ANTE A ALEGADA FRAGILIDADE PROBATÓRIA. SUBSIDIARIAMENTE, REQUER O ABRANDAMENTO DO REGIME PRISIONAL. PRETENSÕES QUE NÃO MERECEM PROSPERAR. PRELIMINAR DE NULIDADE DO PROCESSO. ALEGAÇÃO DE ABORDAGEM POLICIAL EFETIVADA COM BASE EM DENÚNCIA ANÔNIMA. INFORMAÇÃO DE PRÁTICA DE CRIME DE TRÁFICO DE ENTORPECENTES. VALIDADE DA ABORDAGEM DA ACUSADA. CRIME PERMANENTE. ENCONTRO DE ENTORPECENTE. VALIDAÇÃO DA DILIGÊNCIA POLICIAL. REJEIÇÃO DA PRELIMINAR. MÉRITO. O PLEITO ABSOLUTÓRIO NÃO MERECE AMPARO. A ACUSADA ENCONTRAVA-SE EM SITUAÇÃO DE FLAGRANTE DELITO. A AUTORIA E A MATERIALIDADE DELITIVAS FORAM COMPROVADAS PELO AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE, LAUDOS PERICIAIS E PELA PROVA ORAL. DEPOIMENTOS PRESTADOS PELOS POLICIAIS COERENTES E COESOS, CORROBORADOS PELO DEPOIMENTO DE UMA TESTEMUNHA QUE CONFESSOU TER COMPRADO ENTORPECENTES DA APELANTE, E PELOS ENTORPECENTES APREENDIDOS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 70 DESTE EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA. DEFESA QUE NÃO PRODUZIU QUALQUER PROVA CAPAZ DE ABALAR A VERSÃO DA ACUSAÇÃO. A DOSAGEM DA PENA NÃO MERECE REPARO. POR FIM, ATENTO ÀS DIRETRIZES DO art. 33, §3º, DO CÓDIGO PENAL E CONSIDERANDO A QUANTIDADE DE PENA APLICADA, A GRAVIDADE CONCRETA DA CONDUTA E AS CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS DESFAVORÁVEIS, MANTÉM-SE O REGIME FECHADO. DESPROVIMENTO DO RECURSO.

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Doc. VP 170.2323.6003.6500

430 - STJ. Agravo regimental em recurso especial. Arts. 149, «caput, e 297, § 4º, ambos, do CP, CP. Alegada inépcia da denúncia. Não ocorrência. Denúncia que atende aos requisitos do CPP, art. 41. Agravo desprovido.

«I - A denúncia deve vir acompanhada com o mínimo embasamento probatório, ou seja, com lastro probatório mínimo apto a demonstrar, ainda que de modo indiciário, a efetiva realização do ilícito penal por parte do denunciado. Não se revela admissível a imputação penal destituída de base empírica idônea, o que implica a ausência de justa causa a autorizar a instauração da persecutio criminis in iudicio. ... ()

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Doc. VP 622.9563.6389.8184

431 - TJRJ. APELAÇÃO CRIMINAL. ESTUPRO DE VULNERÁVEL MAJORADO POR TER SIDO PRATICADO PELO PAI DA OFENDIDA (art. 217-A, C/C art. 226, II, AMBOS DO CÓDIGO PENAL). APELANTE QUE, DE FORMA LIVRE E CONSCIENTE E COM VONTADE DE SATISFAZER SUA LASCÍVIA PRATICOU ATOS LIBIDINOSOS COM SUA FILHA, MENOR COM 11 ANOS DE IDADE, CONSISTENTES EM ACARICIAR OS SEIOS E A VAGINA DA VÍTIMA, BEM COMO OBRIGANDO-A A COM ELE PRATICAR SEXO ORAL, EJACULANDO NA BOCA DA MENOR. PRETENSÃO DEFENSIVA NO SEGUINTE SENTIDO: (1) A NULIDADE DO PROCESSO DESDE O RECEBIMENTO DA DENÚNCIA, POR INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA DO JUÍZO. NO MÉRITO, (2) A ABSOLVIÇÃO POR ESTAR PROVADA A INEXISTÊNCIA DO FATO OU POR INSUFICIÊNCIA DE PROVAS. SUBSIDIARIAMENTE, (3) A FIXAÇÃO DA PENA-BASE NO MÍNIMO LEGAL. REFORMA PARCIAL DA DECISÃO DE MÉRITO. PRELIMINAR QUE SE REJEITA. DENÚNCIA OFERECIDA EM 21/07/2022. VECA CRIADA PELA RESOLUÇÃO OE 19/2022, PUBLICADA EM 20/06/2022. VARA ESPECIALIZADA SOMENTE INSTALADA EM 15/08/2022, CONFORME ATO EXECUTIVO TJRJ 101/2022. COMPETÊNCIA LEGALMENTE FIXADA NA 41ª VARA CRIMINAL DA CAPITAL. NOS CASOS DE NULIDADE, O RECONHECIMENTO DE VÍCIO APTO A ENSEJAR ILEGALIDADE DE UM ATO PROCESSUAL EXIGE A EFETIVA DEMONSTRAÇÃO DE PREJUÍZO, DEVENDO A PARTE PREJUDICADA SUSCITÁ-LO NO DECORRER DA AÇÃO PENAL ATÉ AS ALEGAÇÕES FINAIS, SOB PENA DE PRECLUSÃO, NOS TERMOS DOS arts. 563 E 571, II, DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL, O QUE NÃO OCORREU NOS AUTOS. PRELIMINAR SOMENTE AVENTADA EM SEDE RECURSAL, APÓS A DEFESA CONSTATAR QUE SUAS TESES NÃO FORAM ACOLHIDAS PELO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU, SENDO, PORTANTO, UMA ESTRATÉGIA PROCESSUAL, TRATANDO-SE DA CHAMADA «NULIDADE DE ALGIBEIRA OU NULIDADE «DE BOLSO". POSTURA DA DEFESA QUE VIOLA CLARAMENTE A BOA-FÉ PROCESSUAL E A LEALDADE, QUE SÃO DEVERES DAS PARTES E DE TODOS AQUELES QUE PARTICIPAM DO PROCESSO. PRECEDENTES DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. AUTORIA DEVIDAMENTE COMPROVADA PELA CARTA ESCRITA PELA VÍTIMA (ID. 15), REGISTRO DE OCORRÊNCIA E ADITAMENTO (IDS. 53 E 75), ALÉM DA PROVA ORAL COLACIONADA. DEPOIMENTOS COERENTES E CONVERGENTES QUANTO À PRÁTICA DELITIVA. RELATO DA VÍTIMA FIRME NO SENTIDO DE QUE TEVE SUAS PARTES ÍNTIMAS TOCADAS PELO RÉU, ALÉM DE TER SIDO OBRIGADA À PRÁTICA DE SEXO ORAL, MOMENTO EM QUE NÃO CONSEGUIU ESBOÇAR QUALQUER REAÇÃO. DEFESA QUE NÃO TROUXE AOS AUTOS QUALQUER ELEMENTO CAPAZ DE ABALAR AS CONTUNDENTES PROVAS EXISTENTES EM DESFAVOR DO APELANTE. PRINTS DAS CONVERSAS ENTRE AS AVÓS MATERNA E PATERNA DA JOVEM, BEM COMO A TRANSCRIÇÃO DOS ÁUDIOS DAS CONVERSAS ENTRE VANDA (MÃE DO RÉU) E RENATA (ATUAL COMPANHEIRA) (IDS. 220, 239 E 241) QUE NÃO SE PRESTAM A AFASTAR A IMPUTAÇÃO, UMA VEZ QUE NÃO COMPROVAM, DE FORMA INEQUÍVOCA, QUE A OFENDIDA NÃO ESTAVA NA CASA DO PAI NO DIA 28/01/2022. VERSÃO APRESENTADA PELO ACUSADO, NO SENTIDO DE QUE OS FATOS NÃO SÃO VERDADEIROS, TENDO PROBLEMAS COM A MÃE DA OFENDIDA NO PASSADO E QUE ELA SEMPRE QUIS PREJUDICÁ-LO, QUE CARECE DE CREDIBILIDADE. VÍTIMA VISIVELMENTE ABALADA AO PRESTAR DEPOIMENTO EM SEDE JUDICIAL, CHORANDO DIVERSAS VEZES, O QUE DEMONSTRA O ABALO PSICOLÓGICO SOFRIDO, INCOMPATÍVEL COM A NARRATIVA DEFENSIVA APRESENTADA. BASTANTE IMPROVÁVEL QUE UMA CRIANÇA DE 11 ANOS TENHA DECIDIDO ACUSAR FALSAMENTE SEU PAI, PESSOA QUE, DE ACORDO COM TODOS OS DEPOIMENTOS PRESTADOS, AMAVA MUITO. MENOR QUE EXPRESSAMENTE CONSIGNOU EM JUÍZO QUE OS FATOS OCORRERAM EM 28/01/2022, O QUE SE COADUNA COM O DEPOIMENTO DA INFORMANTE RENATA, COMPANHEIRA DO RÉU, E COM OS ÁUDIOS JUNTADOS NO ID. 378. O FATO DE A OFENDIDA NÃO TER APRESENTADO LESÕES VIOLENTAS NO MOMENTO DO EXAME PERICIAL EM NADA CONTRARIA A IMPUTAÇÃO, UMA VEZ QUE ESCLARECEU PERANTE A AUTORIDADE JUDICIAL QUE O AUTOFLAGELO NÃO ERA UMA PRÁTICA ININTERRUPTA, SENDO CERTO QUE CONSEGUIA SE CONTER EM ALGUMAS OPORTUNIDADES. PLAUSÍVEL QUE NO MOMENTO DO EXAME A MENOR NÃO APRESENTASSE MARCAS DE CORTES OU ARRANHÕES. DOSIMETRIA QUE MERECE PEQUENO RETOQUE. FORAM CONSIDERADAS PELO SENTENCIANTE AS CIRCUNSTÂNCIAS DO CRIME, EM RAZÃO DA VÍTIMA TER SIDO OBRIGADA À PRÁTICA DE FELAÇÃO, E AS CONSEQUÊNCIAS DEVASTADORAS DO DELITO, HAJA VISTA QUE A OFENDIDA PASSOU A SOFRER DE ANSIEDADE E DEPRESSÃO, NECESSITANDO DE TRATAMENTO PSICOLÓGICO, ALÉM DOS SENTIMENTOS COMUNS ÀS VÍTIMAS DE CRIMES DESSA NATUREZA, COMO VERGONHA, CULPA E DESCRÉDITO DE ALGUMAS PESSOAS. EXASPERAÇÃO DA REPRIMENDA PELAS CIRCUNSTÂNCIAS DO CRIME QUE DEVE SER AFASTADA. A PRÁTICA DE FELAÇÃO OU SEXO ORAL É CONDUTA NORMALMENTE INSERIDA NO TIPO PENAL DE ESTUPRO DE VULNERÁVEL. AS GRAVES CONSEQUÊNCIAS DO DELITO JUSTIFICAM O PERCENTUAL DE AUMENTO APLICADO EM 1/5. MODIFICAÇÃO DOS FUNDAMENTOS PARA JUSTIFICAR A MANUTENÇÃO DA PENA APLICADA EM PRIMEIRO GRAU QUE NÃO CONFIGURA REFORMATIO IN PEJUS. PRECEDENTES DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. AUSÊNCIA DE VIOLAÇÃO À NORMA CONSTITUCIONAL OU INFRACONSTITUCIONAL. REJEIÇÃO DA PRELIMINAR E PARCIAL PROVIMENTO DO RECURSO PARA AFASTAR A CIRCUNSTÂNCIA JUDICIAL NEGATIVA REFERENTE ÀS CIRCUNSTÂNCIAS DO DELITO, SEM REFLEXO NA PENA.

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Doc. VP 389.9118.2291.1311

432 - TJSP. Apelação. Uso de documento falso. Recurso defensivo. Absolvição por ausência de provas. Pleitos subsidiários: a) reconhecimento da atipicidade da conduta; b) fixação do regime inicial aberto.

1. Prova da materialidade e de autoria. Depoimentos dos policiais militares uniformes e convergentes. Modelo probatório que não se filiou ao sistema da prova tarifada. Prova oral que deve ser confrontada com os demais elementos probatórios. Credibilidade que não foi afetada diante da ausência de prova em sentido contrário. 2. Policiais militares que abordaram o acusado após o recebimento de denúncia anônima dando conta da localização de um indivíduo foragido. Réu que apresentou aos agentes uma cédula de identidade falsa. Posterior descoberta da falsidade daquele documento. Acusado que admitiu o uso da identidade adulterada em delegacia. Negativa apresentada em juízo que restou isolada diante do conjunto probatório produzido. 3. Atipicidade da conduta. Impossibilidade. Acusado que apresentou um documento falso aos policiais militares que realizaram a sua abordagem. Alegação defensiva de que teria feito o mero uso do documento que não prospera. 4. Dosimetria. Pena-base corretamente estabelecida em seu limite mínimo legal. Reincidência corretamente reconhecida. Reconhecimento da confissão parcial que se impõe. Compensação entre a agravante a atenuante. Regime inicial semiaberto mantido. Impossibilidade de substituição da pena privativa de liberdade por duas restritivas de direitos. 5. Recurso parcialmente provido.

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Doc. VP 468.5518.9430.3155

433 - TJSP. Apelação - Apropriação indébita majorada (art. 168, § 1º, III, por mais de «cem vezes, na forma do art. 70, ambos do CP,) - Pleito de decretação da nulidade da sentença por ausência de adequada fundamentação - Inviabilidade - Mérito - Materialidade e autoria das infrações comprovadas - Provas oral e documental evidenciando os diversos ilícitos praticados pelo sentenciado em detrimento da empresa-vítima - Escusa ofertada pelo réu inverossímil e não comprovada - Condenação mantida - Dosimetria - Básicas mantidas nos pisos legais, sem alterações na segunda etapa - Na terceira fase, acréscimo de 1/3 da reprimenda corporal em virtude da majorante prevista no § 1º, III, do CP, art. 168 - Por fim, aumento de 2/3 em razão do concurso formal - Caso, porém, que retrata evidente hipótese de crime continuado, o que se corrige de ofício, mas sem repercussão nas penas - Sanção pecuniária que, ao contrário da corporal, foi mantida no piso legal, o que contou com o conformismo da acusação - Fixação do regime aberto e substituição da corporal por restritiva de direitos e multa adequadas - Afastada a fixação de valor mínimo (R$ 30.000,00) para a reparação dos danos materiais suportados pela vítima - Ausência de pedido expresso na denúncia - Questão, ademais, que contém certa complexidade, devendo ser discutida em ação própria e na esfera adequada - Apelo parcialmente provido, rejeitada a preliminar.

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Doc. VP 267.9159.8631.3119

434 - TJSP. Apelação criminal. Lesão corporal grave. Crime comissivo por omissão. Sentença absolutória. Recurso interposto pelo Ministério Público buscando a procedência da ação penal, nos termos da denúncia. Não acolhimento.

1. Há omissão penalmente relevante quando o omitente, tendo o dever e podendo agir para evitar o resultado, deixa de fazê-lo. Exegese do CP, art. 13, § 2º, 2. Acusada Joelma que, para além de não ter - ao que tudo indica - se omitido de forma a colaborar com a produção do resultado naturalístico, observou os protocolos técnicos de primeiros socorros aplicáveis à espécie, acionando prontamente o SAMU. Negligência não evidenciada. 3. As imagens degravadas - somadas à prova oral produzida - evidenciam que a pessoa que supostamente agiu com descaso após a queda da vítima não era a acusada Laura - que sequer estava no local - , mas outra paciente do abrigo, acometida por distúrbios mentais. 4. Testemunhas confirmaram que o plantão noturno contava com apenas duas funcionárias para o cuidado de vinte e nove idosos, situação que, de per si, dificultaria o acompanhamento contínuo e individualizado dos pacientes. 5. Prova que se revelou precária e incapaz de conduzir à certeza necessária para a prolação de um juízo de certeza, o que impõe a manutenção da solução absolutória. Recurso desprovido

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Doc. VP 124.4070.1964.0597

435 - TJSP. Apelação. Calúnia. Réu que imputou a prática dos crimes de abuso de autoridade e prevaricação a um promotor de justiça, após o pedido de arquivamento de inquérito policial. Condenação. Pleito defensivo de absolvição por insuficiência probatória e ausência de dolo. Inviabilidade. Acervo probatório documental e oral que se mostrou suficiente e coeso. Autoria e materialidade delitivas bem comprovadas, no sentido de que o apelante afirmou expressamente que a vítima, na condição de promotor de justiça, teria atuado com «abuso de autoridade, «má-fé, «pessoalidade e «parcialidade no pedido de arquivamento do inquérito policial, imputando-lhe, portanto, a prática dos crimes de abuso de autoridade e prevaricação no exercício de função como funcionário público. Saliente-se, nesse ponto, que tais alegações unilaterais apresentadas pelo réu não foram comprovadas por ele nos autos da presente ação penal. De outro lado, observa-se que o pedido de arquivamento policial restou devidamente fundamentado, entendendo o membro do Ministério Público que os elementos de prova produzidos nos autos do inquérito policial não seriam suficientes para a propositura de denúncia referente à prática de delito de falso testemunho pelos investigados, não se denotando daí qualquer má-fé ou ilicitude na conduta da vítima. Condenação e cálculo de pena mantidos. Recurso defensivo improvido

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Doc. VP 198.5188.6814.6051

436 - TJRJ. PELAÇÃO CRIMINAL - art. 155, § 4º, II, POR DIVERSAS VEZES, N/F 71, AMBOS DO CP - SENTENÇA ABSOLUTÓRIA, COM FULCRO NO art. 386, II DO CPP - INCONFORMISMO MINISTERIAL REQUERENDO A CONDENAÇÃO NOS TERMOS DA DENÚNCIA - DESCABIMENTO - CONFORME SE PODE VERIFICAR DA PROVA ORAL PRODUZIDA EM JUÍZO, VERIFICA-SE QUE A GESTÃO DA VÍTIMA À FRENTE DE SEU ESTABELECIMENTO COMERCIAL ERA UM TANTO CONFUSA, E SEM MAIORES CONTROLES, SEJA FINANCEIRO, SEJA DE ESTOQUE, INCLUSIVE COM LANÇAMENTOS NOS SISTEMA MUITOS DIAS APÓS, SEM MAIOR RIGIDEZ NO CONTROLE DOS LOGINS DE ACESSO AO REFERIDO SISTEMA, HAVENDO PERMUTA DE MERCADORIAS DO ESTOQUE COM OUTRAS LOJAS SEM QUALQUER CONTROLE, DEVENDO-SE DESTACAR QUE A PRÓPRIA VÍTIMA, PROPRIETÁRIO DA EMPRESA LESADA, REALIZAVA A RETIRADA DE VALORES PARA NECESSIDADES PESSOAIS E DE SEU GENITOR, SEM QUE TAL CONTROLE DE CONTABILIDADE SE DESSE EM TEMPO REAL NO SISTEMA, VINDO À TONA UM PANORAMA INDISFARÇAVELMENTE INDETERMINADO, NÃO SE PODENDO INCLUSIVE OLVIDAR A QUESTÃO NEBULOSA ENVOLVENDO O APELADO E A VÍTIMA PELO FATO DE ESTA TER ENTRADO COM UMA AÇÃO TRABALHISTA CONTRA AQUELA, NÃO RESTANDO, PORTANTO, DEVIDAMENTE COMPROVADO QUE O APELADO TENHA DE FATO SUBTRAÍDO VALORES DO CAIXA, BEM COMO PRODUTOS DE DENTRO DO ESTOQUE, RAZÃO PELA QUAL DEVE SER MANTIDO O DECRETO ABSOLUTÓRIO - NEGADO PROVIMENTO AO RECURSO MINISTERIAL.

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Doc. VP 726.5208.7199.2013

437 - TJRJ. RECURSO DE APELAÇÃO CRIMINAL. DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL. IMPUTAÇÃO DAS CONDUTAS MOLDADAS NOS arts. 33 E 35, AMBOS DA LEI 11.343/06. IMPROCEDÊNCIA DA PRETENSÃO PUNITIVA. APELANTES ABSOLVIDOS, COM ESPEQUE NO art. 386, VII, DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL. IRRESIGNAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO. PLEITO DE CONDENAÇÃO NOS TERMOS DA DENÚNCIA. PROCURADORIA DE JUSTIÇA OFICIOU PELO PROVIMENTO DO RECURSO. MÉRITO. TRÁFICO DE DROGAS. MATERIALIDADE E AUTORIA COMPROVADAS. PROVA ORAL E LAUDO DE EXAME DAS SUBSTÂNCIAS ESTUPEFACIENTES ARRECADADAS CONVERGENTES COM A PRETENSÃO PUNITIVA. ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO DE DROGAS. ESTABILIDADE E PERMANÊNCIA NÃO COMPROVADAS. ELEMENTOS COLIGIDOS AOS AUTOS NÃO AUTORIZAM O JUÍZO DE CENSURA. DOSIMETRIA. INAPLICABILIDADE DA MINORANTE DO § 4º, DO art. 33, DA LEI DE DROGAS. CIRCUNSTÂNCIAS DO COMETIMENTO DO DELITO, ALIADA ÀS QUANTIDADES E DIVERSIDADE DAS DROGAS, LEVAM À CONCLUSÃO DE QUE OS APELADOS NÃO SÃO TRAFICANTES ESPORÁDICOS. PENAS FIXADAS EM 06 (SEIS) ANOS, 09 (NOVE) MESES E 20 (VINTE) DIAS DE RECLUSÃO E 680 (SEISCENTOS E OITENTA) DIAS-MULTA, NO REGIME INICIAL FECHADO (DAVID) E 05 (CINCO) ANOS E 10 (DEZ) MESES DE RECLUSÃO E 583 (QUINHENTOS E OITENTA E TRÊS) DIAS-MULTA, NO REGIME SEMIABERTO (RODRIGO). INCABÍVEL A SUBSTITUIÇÃO DAS PRIVATIVAS DE LIBERDADES POR RESTRITIVAS DE DIREITOS PELAS QUANTIDADES. PREQUESTIONAMENTO. UTILIZAÇÃO INADEQUADA DO INSTITUTO. PARCIAL PROVIMENTO DO RECURSO.

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Doc. VP 908.7510.5395.1366

438 - TJSP. Roubo majorado pelo concurso de agentes e pelo emprego de arma de fogo - Preliminar de nulidade do reconhecimento afastada - Existência de diversos elementos de convicção, a par do reconhecimento realizado em juízo, a comprovar o envolvimento do réu nos fatos descritos na denúncia - Inexistência de nulidade - Prova oral segura - Firme relato da vítima e testemunhas - Negativa de autoria em juízo que restou isolada - Réu detido logo após o crime em sua residência, na qual foram localizados os bens subtraídos e a arma de fogo utilizada - Comprovada a participação do réu na subtração dos objetos e na prática de atos executórios - Inocorrência de participação de menor importância - Irrelevância de não ter sido o réu quem portava a arma de fogo e anunciou o assalto - Unidade de desígnios evidente - Concurso de agentes bem demonstrado - Pleito de absolvição imprópria afastado - Exame de insanidade mental que concluiu pela plena imputabilidade do réu - Insuficiência de testemunhas e diagnósticos de doenças mentais para aferir a incapacidade de se autodeterminar - Laudo realizado em outro processo que não interfere no presente feito, sobretudo pelo fato de que o acusado foi submetido a perícia - Condenação mantida - Dosimetria - Pena fixada com correção e adequação - Regime fechado necessário - Gravidade dos fatos a recomendar enérgica interferência estatal - Recurso defensivo desprovido.

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Doc. VP 677.4020.8986.5917

439 - TJSP. Apelação Criminal. Roubo circunstanciado pela restrição da liberdade da vítima e pelo emprego de arma branca. Sentença condenatória. Insurgência da defesa. Pretende-se a desclassificação para o delito de invasão de domicílio. Impossibilidade. Materialidade e a autoria bem demonstradas pela prova oral e documental acostada. Laudo pericial que constatou o arrombamento. Acusado que invadiu a residência da vítima idosa durante a noite e, mediante grave ameaça exercida com emprego de uma faca, subtraiu e consumiu os alimentos de sua geladeira, tendo vasculhado suas roupas em busca de dinheiro. Versão do acusado que restou isolada. Condenação pelo delito de roubo consumado que era de rigor. Dosimetria. Aumento na terceira fase em grau máximo (1/2), em razão do concurso de majorantes. Manutenção. Fundamentação insuficiente que pode ser complementada pelo tribunal ad quem, sem implicar em reformatio in pejus. Precedentes do C. STJ. Reajuste da quantidade de dias-multa, a fim de acompanhar a dosagem da pena privativa de liberdade. Afastada a indenização mínima por danos morais fixada em favor da vítima. Necessidade de indicação expressa de valor mínimo na denúncia. Precedentes. Regime fechado mantido. Recurso parcialmente provido a fim de afastar a indenização concedida na origem e readequar a quantidade de dias-multa, mantendo-se, quanto ao mais, a r. sentença de primeiro grau.

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Doc. VP 584.1237.8400.5088

440 - TJRJ. RECURSO DE APELAÇÃO CRIMINAL. DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL. IMPUTAÇÃO DA CONDUTA MOLDADA na Lei 11.343/06, art. 33, CAPUT. IMPROCEDÊNCIA DA PRETENSÃO PUNITIVA. APELADOS ABSOLVIDOS COM FULCRO NO art. 386, II, DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL. IRRESIGNAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO. PLEITO DE CONDENAÇÃO DE AMBOS NA FORMA DA DENÚNCIA. A PROCURADORIA DE JUSTIÇA OFICIOU PELO PROVIMENTO DO RECURSO. BUSCA PESSOAL. AUSÊNCIA DE ILEGALIDADE. SITUAÇÃO DE FLAGRÂNCIA. UM DOS RECORRIDOS ERA CONHECIDO DA GUARNIÇÃO PELA PRÁTICA DE ATOS INFRACIONAIS ANTERIORES IDÊNTICOS AO DELITO EM ANÁLISE. VIOLAÇÃO DE DOMICÍLIO. INOCORRÊNCIA. AO EMPREENDEREM FUGA, INGRESSARAM NA RESIDÊNCIA DE TERCEIRO E O COAGIRAM A NÃO ABRIR O IMÓVEL COM O FIM DE OBSTAR O INGRESSO DOS POLICIAIS. TRÁFICO DE DROGAS. MATERIALIDADE E AUTORIA CABALMENTE COMPROVADAS. PROVA ORAL E LAUDO DE EXAME DA SUBSTÂNCIA ESTUPEFACIENTE ARRECADADA CONVERGENTE COM A PRETENSÃO. INCIDÊNCIA DA ATENUANTE DA MENORIDADE RELATIVA PARA AMBOS OS RECORRIDOS. PLEITO DE APLICAÇÃO DA MINORANTE DO § 4º, Da Lei 11.343/06, art. 33, FORMULADO EM CONTRARRAZÕES. NÃO CABIMENTO. ELEMENTOS DO PROCESSO REVELAM O EXERCÍCIO HABITUAL DA ATIVIDADE ILÍCITA POR AMBOS. REPRIMENDA FIXADA EM 05 (CINCO) ANOS DE RECLUSÃO E 500 (QUINHENTOS) DIAS-MULTA, À RAZÃO UNITÁRIA MÍNIMA, NO REGIME SEMIABERTO, NOS MOLDES DO art. 33, § 2º, ¿B¿, DO CÓDIGO PENAL, PARA AMBOS. PROVIMENTO DO RECURSO.

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Doc. VP 122.3380.9456.9252

441 - TJRJ. APELAÇÃO CRIMINAL. CONDENAÇÃO DO RÉU PELA PRÁTICA DO CRIME TIPIFICADO NO LEI 11.343/2006, art. 33, §4º, À PENA DE 1 ANO E 8 MESES DE RECLUSÃO, EM REGIME INICIAL ABERTO. RECURSO DA DEFESA ALEGANDO INEXISTÊNCIA DE PROVAS DA AUTORIA. NÃO ASSISTE RAZÃO À DEFESA. A MATERIALIDADE E AUTORIA RESTARAM DEVIDAMENTE COMPROVADAS NOS AUTOS, PELO REGISTRO DE OCORRÊNCIA, LAUDOS PERICIAIS, TERMOS DE DECLARAÇÕES E DEPOIMENTOS PRESTADOS EM JUÍZO, PELO CRIVO DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA. POLICIAIS MILITARES QUE DISSERAM QUE, A PARTIR DE DENÚNCIA, FORAM AO IMÓVEL E IDENTIFICARAM O ACUSADO, NA POSSE DE UMA SACOLA, ENTREGANDO ALGO A PESSOAS NO PORTÃO DA CASA. MATERIAL ENTORPECENTE QUE FOI ENCONTRADO NO QUINTAL DA CASA, DENTRO DA SACOLA QUE ANTES ESTAVA NA POSSE DO ACUSADO. SÚMULA 70, TJRJ. TENDO OS POLICIAIS MILITARES APRESENTADO VERSÃO OBJETIVA E CONTUNDENTE SOBRE COMO SE DERAM OS ACONTECIMENTOS QUE REDUNDARAM NA PRISÃO DO ACUSADO E NA APREENSÃO DAS DROGAS, EM SEDE INQUISITORIAL E NA PRESENÇA DA AUTORIDADE JUDICIÁRIA, DEVE-SE DAR TOTAL CRÉDITO AOS SEUS DEPOIMENTOS. EVENTUAIS DIVERGÊNCIAS NÃO DESNATURAM A CONSISTÊNCIA E VALIDADE DA PROVA ORAL, SENDO CERTO QUE, NO QUE DIZ RESPEITO AO CERNE DA QUAESTIO FACTI EM ANÁLISE, NÃO SE VERIFICA QUALQUER CONTRADIÇÃO RELEVANTE. CONDENAÇÃO QUE DEVE SER MANTIDA. DESPROVIMENTO DO RECURSO.

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Doc. VP 874.7137.6025.4201

442 - TJRJ. APELAÇÃO ¿ CRIMES DE AMEAÇA E INJÚRIA SIMPLES ¿ CP, art. 147 E ART. 140, CAPUT, NA FORMA DO ART. 69, TODOS DO CP ¿ PRISÃO EM FLAGRANTE ¿ SENTENÇA CONDENATÓRIA ¿ PENA DE 01 ANO E 02 MESES DE RECLUSÃO E 22 DIAS-MULTA E 01 MÊS DE DETENÇÃO, EM REGIME ABERTO - PLEITO DE ABSOLVIÇÃO POR INSUFICIÊNCIA DE PROVAS ¿ CABIMENTO ¿ AMEAÇA NÃO COMPROVADA NOS AUTOS, SEJA PELA PROVA ORAL PRODUZIDA, SEJA PELOS PRINTS DE MENSAGENS E AUDIOS DO APLICATIVO DE WHASTAPP ACOSTADOS AOS AUTOS ¿ CRIME DE INJÚRIA ¿ ILEGITIMIDADE ATIVA AD CAUSAM DO MINISTÉRIO PÚBLICO PARA PROPOR AÇÃO PENAL EM RELAÇÃO AO CRIME DE INJÚRIA SIMPLES ¿ RECONHECIMENTO - PROVIMENTO DO RECURSO DEFENSIVO PARA REJEITAR A DENÚNCIA NO PONTO PARA, COM FULCRO NO ART. 107, IV, DO CÓDIGO PENAL, C/C O CPP, art. 38, CAPUT, DECLARAR EXTINTA A PUNIBILIDADE DO ORA APELANTE, PELA DECADÊNCIA DO DIREITO DE QUEIXA, QUANTO AO EVENTUAL CRIME INSCRITO NO ART. 140, CAPUT, DO CÓDIGO PENAL.

1.

Conquanto a acusação tenha anexado alguns prints e áudios de conversas de WhatsApp e arrolado diversas testemunhas, o crime de ameaça não restou comprovado nos autos. Extrai-se de todo o imbróglio descrito dos autos, que a desavença entre as partes decorre da existência de dívidas entre a vítima e o acusado, débitos, inclusive, admitidos em juízo, pela vítima. ... ()

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Doc. VP 115.4874.0000.1700

443 - TJRJ. Estelionato. Sentença condenatória. Apelante que mediante fraude obtém indevida vantagem patrimonial, referente à revenda de botijões de gás. Recurso defensivo arguindo a preliminar, bem como a inépcia da re-ratificação da denúncia. No mérito, objetiva a absolvição, aduzindo falta de justa causa para a deflagração da ação penal e o não oferecimento da suspensão condicional do processo. Preliminar. Rejeição. O aditamento da denúncia permitiu ao apelante o pleno exercício da ampla defesa e do contraditório, estando em conformidade com o CPP, art. 41. Mérito. Absolvição. Impossibilidade. CP, art. 171. CPP, art. 395.

«Caderno probatório suficiente para lastrear a condenação nos termos da denúncia. Autoria e materialidade que indubitavelmente restaram demonstradas. Defesa que não logrou êxito em produzir provas capazes de afastar a tese acusatória, desistindo da produção de prova testemunhal. Tese negativa de autoria que restou isolada no caderno acusatório. Ausência de justa causa. Descabimento. A reparação do dano anteriormente ao recebimento da denúncia somente extingue a punibilidade do estelionato na modalidade de emissão de cheques sem provisão de fundos, o que não ocorre no caso em exame. Ressarcimento do prejuízo. Arrependimento posterior. Reconhecimento de ofício. A prova oral produzida, desde a fase da inquisa, demonstra, com absoluta clareza que o lesado foi ressarcido do prejuízo antes do oferecimento e do recebimento da denúncia. Assim, reduzo a pena aplicada de 2/3, fazendo com que se aquiete no patamar de 4 meses de detenção e 6 dias-multa. Forçoso o reconhecimento da prescrição retroativa, ante o lapso temporal transcorrido entre o recebimento da denúncia e a publicação da sentença. Desprovimento do recurso e, de ofício, face ao quantum de pena ora aplicada reconhecer a prescrição retroativa.... ()

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Doc. VP 902.1327.9164.4236

444 - TJRJ. APELAÇÃO CRIMINAL. RÉU SOLTO COM FIANÇA. ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO ILÍCITO DE DROGAS. LEI 11.343/06, art. 35. SENTENÇA CONDENATÓRIA. PENA: 03 ANOS E 06 MESES DE RECLUSÃO E 816 DIAS-MULTA, VML. REGIME INICIAL ABERTO. APELAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO PERSEGUINDO TAMBÉM A CONDENAÇÃO PELO CRIME PREVISTO NO CODIGO PENAL, art. 333. RECURSO DEFENSIVO. PRELIMINAR ULTRAPASSADA, EM RAZÃO DO MÉRITO SE RESOLVER EM FAVOR DO APELANTE. APREENSÃO DE TRÊS RÁDIOS TRANSMISSORES E COMPONENTES, ALÉM DE TRÊS APARELHOS CELULARES. PROVA ORAL INSUFICIENTE E DUVIDOSA. CONTRADIÇÃO NOS DEPOIMENTOS DO POLICIAIS, RESPONSÁVEIS PELA PRISÃO EM FLAGRANTE. VÍNCULO ASSOCIATIVO ESTÁVEL E PERMANENTE NÃO COMPROVADO. ÔNUS NÃO DESINCUMBIDO PELA ACUSAÇÃO. INCIDÊNCIA DO IN DUBIO PRO REO. ABSOLVIÇÃO IMPOSITIVA.

No caso dos autos, os depoimentos colhidos em Juízo, que consistiram nas oitivas dos dois policiais militares, responsáveis pela prisão em flagrante, não são suficientes para comprovar que o apelante estivesse associado de forma permanente e com estabilidade com terceiros ou outros integrantes de alguma facção criminosa, para a prática do crime de tráfico ilícito de drogas. ... ()

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Doc. VP 357.1291.1225.9405

445 - TJRJ. PENAL. PROCESSO PENAL. APELAÇÃO CRIMINAL. IMPUTAÇÃO E CONDENAÇÃO PELA PRÁTICA DO CRIME PREVISTO NO ART. 155, CAPUT, DO CÓDIGO PENAL. RECURSO DEFENSIVO PRETENDENDO A ABSOLVIÇÃO DO ACUSADO, DADA A FRAGILIDADE DA PROVA PRODUZIDA, JÁ QUE GERALDO NÃO FOI VISTO FURTANDO OS BENS, OU PELA ATIPICIDADE DA CONDUTA POR ELE PRATICADA, PELO PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA, UMA VEZ QUE NÃO HÁ NOS AUTOS LAUDO DE AVALIAÇÃO DOS BENS SUPOSTAMENTE SUBTRAÍDOS, APENAS CONSTA O AUTO DE APREENSÃO DOS REFERIDOS BENS. SUBSIDIARIAMENTE, PRETENDE A REDUÇÃO DA FRAÇÃO DE AUMENTO UTILIZADA NA PRIMEIRA FASE DA DOSIMETRIA, A SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR OUTRA DE NATUREZA ALTERNATIVA E A FIXAÇÃO DE REGIME MENOS GRAVOSO, BEM COMO A ISENÇÃO DO PAGAMENTO DAS CUSTAS PROCESSUAIS. ACOLHIMENTO DO INCONFORMISMO DEFENSIVO. A ACUSAÇÃO POSTA NA DENÚNCIA ADITADA É NO SENTIDO DE QUE O RÉU, ORA RECORRENTE, SUBTRAIU, PARA SI OU PARA OUTREM, 10 (DEZ) RELÓGIOS DA MARCA TECHNOS, UM APARELHO DE DVD/KARAOKÊ, E UMA BOLSA COM FERRAMENTAS, UM CARTÃO BANCÁRIO, PERTENCENTES A ANTONIO BARBOTEU VIANA. A INSTRUÇÃO CRIMINAL SE FEZ INCONSISTENTE PARA A MANTENÇA DO JUÍZO DE REPROVAÇÃO. SUPOSTO CRIME DE FURTO OCORRIDO NO DIA DE NATAL DE 2012 E OBJETO DE DEFLAGRAÇÃO DE AÇÃO PENAL SOMENTE EM 2018, SENDO CERTO QUE O ÚLTIMO ATO INVESTIGATIVO DATA DE 2013, SEM NADA NOVO A JUSTIFICAR A DEFLAGRAÇÃO DA AÇÃO PENAL. LESADO NÃO PRESTOU DECLARAÇÕES EM SEDE POLICIAL E JÁ ERA FALECIDO QUANDO DA INSTRUÇÃO CRIMINAL EM JUÍZO. INEXISTÊNCIA DE QUALQUER PROVA EFETIVA E IDÔNEA QUANTO AO MOMENTO DA SUBTRAÇÃO. INDÍCIOS QUE RECAEM SOBRE O ACUSADO OS QUAIS, EMBORA FORTES, NÃO FORAM CONVOLADOS EM PROVA SEGURA PARA UMA CONDENAÇÃO, HAVENDO, INCLUSIVE, CONTRADIÇÕES E OMISSÕES NA PROVA ORAL PRODUZIDA. ABSOLVIÇÃO QUE SE IMPÕE. RECURSO PROVIDO.

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Doc. VP 525.6697.4723.5285

446 - TJRJ. Apelação Criminal. Violência doméstica. O denunciado foi condenado pela prática do crime descrito no CP, art. 129, § 9º, à pena de 03 (três) meses de detenção, em regime aberto, com a concessão de sursis pelo período de 02 (dois) anos. A defesa requereu a absolvição por insuficiência probatória. Alternativamente, postulou a mitigação da resposta penal e a isenção das custas judiciárias. Parecer ministerial no sentido do conhecimento e não provimento do recurso. 1. Consta da denúncia que o acusado, no dia 02/03/2016, na Avenida Belmiro Valverde, 25, em Campo Grande, lesionou a integridade física de SEBASTIÃO ISIDORO, seu genitor, ao lhe aplicar um golpe denominado «gravata, causando lesões corporais. 2. A tese absolutória não merece acolhimento. 3. As provas colhidas mostram-se seguras, coerentes e confiáveis, no sentido de que o acusado praticou a lesão descrita no laudo de exame de corpo de delito acostado aos autos. 4. In casu, apesar da vítima ter falecido após o oferecimento da denúncia, as testemunhas que prestaram declarações perante o Juízo presenciaram o fato e confirmaram a autoria delitiva. 5. A autoria restou confirmada através das declarações prestadas em sede judicial pela informante ELIANA ISIDORO DA SILVA GOMES (filha do ofendido) e seu esposo, Sr. JOHNNY OLIVEIRA. 6. O conjunto probatório é robusto e as provas foram bem analisadas, evidenciando que, à época dos fatos, o apelante lesionou a vítima ao aplicar um golpe do tipo «gravata, durante o contexto de uma confusão originada por conta da partilha do terreno do ofendido. 7. A prova oral está em harmonia com os demais elementos de convicção, enquanto a versão defensiva restou isolada no contexto probatório, mostrando-se inviável a absolvição. 8. Correto o juízo de censura e a pena aplicada, eis que fixada no patamar mínimo legal. 9. Por outro lado, deve ser excluída das condições do sursis a prestação de serviços à comunidade, por se tratar de modalidade de pena. 10. A isenção das custas deve ser buscada junto ao juízo de execução. 11. Por derradeiro, rejeito os prequestionamentos, por entender que não houve violação às disposições constitucionais ou infraconstitucionais. 12. Recurso conhecido e parcialmente provido para afastar do sursis a prestação de serviços à comunidade, eis que trata-se de modalidade de pena, mantendo-se, quanto ao mais, a douta decisão monocrática. Oficie-se.

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Doc. VP 504.3693.3994.5658

447 - TJRJ. DIREITO PENAL. APELAÇÃO CRIMINAL. CRIME DE RECEPTAÇÃO. SENTENÇA ABSOLUTÓRIA COM FULCRO NO CPP, art. 386, VII. INSUFICIÊNCIA PROBATÓRIA QUANTO À AUTORIA. PRINCÍPIO DO IN DUBIO PRO REO. RECURSO MINISTERIAL CONHECIDO E DESPROVIDO.

I. CASO EM EXAME 1.

Denúncia narra que, no dia 02/09/2021, o denunciado, ora apelado, juntamente com a corré, ocultaram, em proveito próprio ou alheio, a motocicleta Yamaha/YBR 150 Factor, cor preta, placa RJW2D89, sabendo que ser produto de crime patrimonial anterior, ocorrido em 21/04/2021, registrado no R.O. 035-03649/2021. ... ()

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Doc. VP 981.0209.0010.7985

448 - TJRJ. HABEAS CORPUS.. art. 217 CÓDIGO PENAL. TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL. INÉPCIA DA DENÚNCIA. AUSÊNCIA DE JUSTA CAUSA. FUNDAMENTAÇÃO INIDÔNEA DO RECEBIMENTO DA DENÚNCIA. AUSÊNCIA DE DOLO. QUESTÃO DE MÉRITO.CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO VERIFICADO.

Trancamento da ação penal que é medida excepcionalíssima, restrita a situações que se reportem a condutas que constituam, em tese, crime ou, quando já estiver extinta a punibilidade ou, ainda, se não ocorrer indícios mínimos da autoria, o que não foi verificado no caso em tela. Como se verifica, da simples leitura da peça inicial, há uma exposição da adequação típica dos fatos de forma clara, com todas as circunstâncias do caso penal, na forma preconizada no CPP, art. 41. Denúncia ofertada que expõe com riqueza de detalhes a suposta conduta criminosa da ora paciente, em total acordo com a tipificação do artigo 217-A, § 1º, c/c 14, II e 61, II, «g, todos do CP. Presentes os indícios suficientes de autoria e materialidade a ensejar a ação penal, estando o acusado habilitado a compreender a imputação, bem como a apresentar a reação pertinente e influir na decisão a ser proferida pelo magistrado. Alegada ausência de fundamentação da decisão que recebeu a denúncia que não subsiste. Denúncia que expôs a conduta do denunciado, entendendo o magistrado corretamente pela presença da justa causa para a deflagração da ação penal. Materialidade delitiva e do indícios de autoria, que exsurgem dos depoimentos prestados pelas testemunhas e declarações colhidas em sede policial, com destaque para as declarações da vítima, que nos crimes praticados na clandestinidade, merecem especial valoração. Exame minucioso do conjunto fático e probatório, inclusive, acerca da alegada ausência e dolo na conduta criminosa, que não pode ser feito por esta via estreita do habeas corpus, e sim, pelo Juízo de piso, que analisará se tais elementos são suficientes ou não para a condenação. Inquérito policial regularmente instaurado, denúncia dentro dos limites descritos no CPP, art. 41 e recebimento da exordial fundamentada pelo Juízo de piso, não há como deferir o trancamento da ação penal ora instaurada PEDIDO QUE SE JULGA IMPROCEDENTE. ORDEM DENEGADA.... ()

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Doc. VP 127.6180.4000.4600

449 - STJ. Responsabilidade civil. Dano moral. Consumidor. Internet. Orkut. Google. Redes sociais. Mensagem ofensiva. Ciência pelo provedor. Remoção do conteúdo. Prazo. Verba fixada em R$ 10.000,00. CF/88, art. 5º, V e X. CCB/2002, art. 186 e CCB/2002, art. 927.

«1. A velocidade com que as informações circulam no meio virtual torna indispensável que medidas tendentes a coibir a divulgação de conteúdos depreciativos e aviltantes sejam adotadas célere e enfaticamente, de sorte a potencialmente reduzir a disseminação do insulto, minimizando os nefastos efeitos inerentes a dados dessa natureza. ... ()

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Doc. VP 710.5858.7011.8473

450 - TJRJ. Apelação. Crime. Imputação da conduta descrita no CP, art. 157, caput. Sentença que julgou procedente a pretensão acusatória. Condenação às penas de 04 (quatro) anos de reclusão e 10 (dez) dias-multa, em regime inicialmente aberto. Irresignação da defesa.

Preliminar. Nulidade do reconhecimento pessoal. Alegação de inobservância dos requisitos previstos no CPP, art. 226. Reconhecimento pessoal no ato do flagrante que não foi o único meio de prova da autoria do crime. Ratificação de reconhecimento do réu em Juízo. Adequação à jurisprudência atual do STJ acerca do tema. Rejeição. Mérito. Acervo probatório que se mostra válido e suficiente para sustentar o decreto condenatório. Nos crimes patrimoniais a palavra da vítima assume relevante valor;.Precedente. Prova oral corroborada pelo auto de prisão em flagrante e confissão espontânea do denunciado. Manutenção do decreto condenatório que se impõe. Prova oral corroborada pelo depoimento prestado em juízo pela Policial Militar responsável pela prisão captura. Inteligência da Súmula . 70 deste E. Tribunal de Justiça. Desclassificação para delito de furto. Grave ameaça restou comprovada pelo relato da vítima corroborada pela dinâmica dos fatos. Rejeição. Causa de diminuição de pena. Tentativa. Impossibilidade. Crime de roubo que se consuma com a inversão da posse do bem, mediante emprego de violência ou grave ameaça. Inteligência do Tema 916, do E. STJ. Dosimetria. Crítica. 1ª Fase. Pena-base fixada no mínimo legal em 04 anos de reclusão e 10 dias multa à razão unitária mínima. 2ª Fase. Conversão da pena-base em intermediária. Incidência da atenuante de 65, III, d do CP, sem reflexos na pena. Inteligência do verbete sumular 231, do E. STJ. Manutenção. 3ª Fase. Ausentes as causas de aumento ou diminuição. Conversão da pena intermediária em definitiva. Reprimenda penal definitiva readequada para 04 (quatro) anos de reclusão e 10 (dez) dias-multa à razão unitária mínima, em regime inicialmente aberto. Não cabimento da substituição da pena por restritivas de direitos e sursis. Ausência dos requisitos objetivos previstos nos arts. 44 e 77, ambos do CP. Prequestionamento. Ausência de contrariedade ou negativa de vigência de qualquer dispositivo constitucional ou infraconstitucional. Desprovimento do apelo defensivo. Sentença mantida como lançada.

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